Domingo, 14 de dezembro de 2025
Fechar [x]

MILTON ALVES

17/06/2025 06:00

Punição pesada  

Delegado Chefe da Polícia Civil de Santa Catarina, Ulisses Gabriel, numa entrevista a este colunista na manhã de ontem na Rádio Cidade foi curto e grosso: “Nas investigações sobre possíveis fraudes na distribuição das bolsas que deveriam ser apenas para estudantes carentes, no programa Universidade Gratuita, não tem moleza. Estamos investigando detalhe por detalhe”. Segundo Gabriel, todas as 18 mil matrículas nas quais o Tribunal de Contas detectou algum tipo de inconsistência estão passando por um exame rigoroso. As que têm apenas “pequenas inconsistências”, tipo falta de dados ou questões de interpretação, sem indícios de dolo, deverão ser liberadas. Quanto às demais, as que claramente foram recheadas de dados falsos, o bicho vai pegar.

Ordens do governador
Segundo Ulisses, passou a ser uma questão de honra para o governador Jorginho Mello o completo esclarecimento sobre tudo o que ocorreu, tanto quanto quais as pessoas e entidades estão comprovadamente envolvidas com a fraude. Além de que não se admite nenhuma proteção a quem quer que seja. Todos os envolvidos deverão ser identificados, denunciados ao MP e acionados judicialmente. A verdade é que o ocorrido revoltou tanto Jorginho Mello que o delegado não mediu as palavras quando disse ao vivo que “o governador ficou p* da vida” com o que aconteceu.

Casos de Tubarão
E o delegado-geral da Polícia Civil de Santa Catarina não foi contundente apenas quando se referiu ao sentimento de revolta do chefe do executivo. Questionado sobre a desconfiança, de boa parte da população, de que tudo pode acabar em pizza, tendo em vista que boa parte dos beneficiados, de forma irregular, trata-se de gente de prestígio, rica e poderosa, disparou: “Pois então vou dar um conselho para esta gente. Aliás, a delegada Portão já me adiantou que aí em Tubarão existem uns seis ou cinco desses poderosos que resolveram ludibriar o sistema. Não quis nem saber quem são. Que sejam investigados e denunciados. E que criem vergonha na cara, se adiantando ao processo judicial com a devolução dos recursos obtidos de forma irregular”. O delegado finalizou afirmando que com este ato de devolução eles não evitarão serem processados, mas pelo menos estarão indicando que admitem terem errado.

Diário do Sul
Demand Tecnologia

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a nossa Política de Privacidade. FECHAR