Não vou escrever na coluna de hoje sobre os dois assuntos que dominaram o noticiário tubaronense no final de semana: Ponte do Jarrão e Domingo em Família, porque estou sem dados importantes e também sem material fotográfico. Viajei no final de semana e cheguei meio tarde neste domingo. Prometo, porém, que nas próximas colunas darei uns pitacos sobre o que assisti pelas redes sociais. Fatos interessantes, e alguns até surpreendentes, sem dúvida, estão sendo registrados.
O oito de janeiro
Quanto às manifestações de apoio à anistia dos que foram ou estão sendo condenados como terroristas e golpistas pela baderna provocada em Brasília no dia 8 de janeiro de 2023, eu só tenho uma coisa a dizer: se você é daqueles que entendem que o que os baderneiros fizeram foi uma “desgraça para o Brasil” e que uma mulher trabalhadora, mãe de duas crianças, que foi à Praça dos Três Poderes naquele domingo apenas para protestar contra a falta de transparência nas eleições – e cujo crime parece ter sido tirar uma selfie ao lado de uma frase pintada com batom na estátua em frente ao prédio do STF – merece ser condenada e mantida presa em regime fechado por 17 anos, sem ao menos poder ver os filhos crescerem, perdão, mas acho que quem está fadado a viver como “desgraçado” pelo resto da vida é você mesmo.
O PT e os pescadores
E o governo do PT parece que quer mesmo acabar com as pescas artesanal e industrial do país. Depois do anúncio que vai limitar ainda mais a pesca da tainha, o que pode significar um colapso para os pescadores artesanais de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, agora veio essa da pesca da sardinha. A determinação do governo federal de zerar a alíquota de importação da sardinha em conserva pode significar uma ameaça à indústria pesqueira do Brasil.
São milhares de empregos
Segundo os últimos levantamentos, a decisão pode acabar com mais de 30 mil empregos diretos. Atualmente, a sardinha em conserva corresponde a 75% do faturamento do setor pesqueiro no país. Até então, a importação do produto era taxada em 32%, o que garantia proteção ao setor industrial brasileiro contra a concorrência predatória de países asiáticos.
Sabem o que vai acontecer?
A partir dessa isenção, os consumidores brasileiros poderão abandonar a produção nacional e fazer a troca por importações, o que causará impacto direto na frota pesqueira e na renda dos trabalhadores da área, de acordo com a FPA. Para o colegiado, os estados mais afetados com a medida são Santa Catarina, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Essas unidades da federação respondem por 90% da produção nacional. A projeção é de que 25 mil empregos diretos e outros 42 mil indiretos estejam em risco.