03 DE OUTUBRO DE 2024
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MILTON ALVES

02/10/2024 06:00

Os bancos de areia

A situação dos canais de ligação das nossas lagoas com o oceano, os mais importantes constituídos pelas barras do Camacho e da Laguna, precisam de intervenção urgente de parte das autoridades municipais e estaduais para evitar o assoreamento que já começa a ficar evidente. A do Camacho não chega a ser aquele estado crítico de anos atrás, onde se registrou em vários momentos o bloqueio total das águas, mas um grande banco de areia que vem se formando na saída da lagoa para o canal já está colocando em risco todo o trabalho de abertura da barra patrocinado dois anos atrás pelo então governador Carlos Moisés. 

Balsa trancada

Quanto ao canal da Laguna, na foz do rio Tubarão, que vem sendo, inclusive, produto de um projeto de retificação e dragagem a cargo da Universidade Federal de Santa Catarina, os bancos de areia já prejudicam e colocam em risco até mesmo a navegação das balsas que ligam os dois lados da Passagem da Barra. Nesta última terça-feira, por exemplo, a maré baixa acabou provocando o encalhamento de uma destas embarcações da Laguna Navegação. Funcionários trabalharam bastante para desencalhar a balsa, mas tiveram que esperar a alta da maré para completar a travessia.

Manutenção é importante

Tudo bem que o Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Tubarão e do Complexo Lagunar tem um olhar mais atencioso para a grande obra de dragagem de todo o Tubarão, e com razão, pois esta tem sido uma luta de décadas. É preciso, todavia, que também se olhe para as dragagens de manutenção, pois a inexistência das mesmas coloca em risco o tráfego de embarcações e a pesca artesanal. Se não cabe ao comitê fazer este tipo de reivindicação, que se habilitem então os responsáveis, tais como secretarias municipais de Pesca e as próprias prefeituras envolvidas.

Nem um, nem outro

Como você escolhe o seu candidato? Pela orientação política — direita ou esquerda — ou pela capacidade de gestão, de apontar soluções para resolver os problemas da sua cidade? Uma pesquisa feita pelo Instituto DataSenado mostra que, a poucos dias das eleições municipais, mais da metade dos eleitores — 57% deles — disseram não se considerar nem de esquerda nem de direita. A mesma pesquisa mostra que 29% se consideram de direita e apenas 15% de esquerda.

Apenas 2 candidatos

Em função das características da maior parte dos municípios brasileiros — em que cerca de metade tem apenas dois candidatos — a tendência é que a polarização se mostre menos acirrada em se tratando de ideologia. Para os especialistas, o que vale mais em eleições municipais é o prefeito ser um bom síndico. Aquele que inspira confiança para fazer uma boa entrega de serviços. Ao todo, o levantamento ouviu 21.808 brasileiros de todas as unidades da federação. 

Diário do Sul
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