Será possível dizer que existem pessoas que nasceram para ocupar um específico cargo político, sem desmerecer o que fizeram em outros, para os quais acabaram eleitos? Se a resposta for positiva, então a gente pode entender, de vez, o que vem ocorrendo com o deputado Pepê Collaço, do Progressistas de Tubarão. Pepê já foi vereador, presidente da Câmara, vice-prefeito e prefeito. É na Assembléia Legislativa de Santa Catarina, no entanto, que o tubaronense surge como um indiscutível ícone da atual política de nosso estado.
Surpreendendo a todos
Confesso amante das funções legislativas, Pepê não nega pra ninguém que se preparou nos últimos anos para isto, e é o que verdadeiramente gosta de fazer: debater no parlamento e criar leis. Legislar verdadeiramente. Bem que poderia ter avisado a gente que iria “chegar chegando” na Assembleia. Apesar de ter tido no mandato passado um breve período como suplente, tem sido na atual legislatura, como deputado eleito de fato e de direito, que tem feito história, como se já fosse um veterano de vários mandatos.
Sempre na vanguarda
Pepê é membro da CCJ (algo muito difícil para deputado de primeiro mandato); preside e integra outras comissões; dirige diversas frentes parlamentares, inclusive a que faz parte como deputado do Sul, sendo o seu primeiro presidente na história; articulado e sensato, é respeitado pelos pares e transita bem por todas as bancadas, e como advogado, profundo conhecedor dos códigos, acrescenta ao legislativo uma porção do bom debate e de ótimas ideias que acabam transformadas em leis.
Exames nas drogarias e farmácias
Essa de ontem, apresentada na sessão itinerante da Alesc em Criciúma, por exemplo, acabando com o imbróglio judicial e permitindo a realização de exames de análises clínicas em farmácias e drogarias, facilitando em muito a vida das pessoas, principalmente nas pequenas cidades, onde não existem laboratórios ou hospitais, pode se chamar do “pulo do gato”. A extensa lista de exames permitidos até pode ser questionada, mas não era mais aceitável que drogarias e farmácias, com seus farmacêuticos de plantão, não pudessem medir a pressão ou fazer um teste rápido para medir o grau de diabetes de um cliente, por exemplo. Se fosse só para esses dois exames, a lei já valeria a pena. Ademais, acabar com essa medida altamente protecionista, deixar seu nome outra vez na história com uma medida contundente, é também uma boa demonstração de que Pepê Collaço não está na Alesc apenas para usá-la como “escadinha” política. Ele já é um dos principais legisladores de nosso Estado.
