Entendi perfeitamente o que quis dizer o diretor-executivo da CDL, Felipe Nascimento, quando em live pelas redes sociais na noite da última sexta-feira - após ser surpreendido e ficado indignado com o cenário que encontrou - resolveu cobrar dos tubaronenses que, de forma individual ou em nome de movimentos sociais, voluntariamente têm saído às ruas nas noites da cidade para distribuir marmitas e outras doações a verdadeiros “bandidos” travestidos de moradores de rua, alimentando assim uma verdadeira cadeia de abusos contra cidadãos, depredação do patrimônio público e crimes contra a coletividade num todo.
O jeito de se evitar
É óbvio que nem todos os moradores de rua podem ser considerados “bandidos”, da mesma forma que os voluntários da noite, pessoal que sai em visita aos pontos onde eles dormem buscando exercitar seus sentimentos de solidariedade, não têm como saber quem é quem nesta história. Não existe bola de cristal para que se descubra quem deve e quem não deve receber apoio. Todavia, penso que foi exatamente nisso que a live de Felipe Nascimento se baseou: se não temos como selecionar aqueles em que se pode confiar, porque deveríamos manter a existência desta cadeia de problemas?
Ninguém tem sangue de barata
E outra coisa: cobrar do diretor da CDL prudência sobre o que fala em respeito ao politicamente correto, sob o argumento de que ele estaria incentivando a discriminação, é o ó do borogodó. Isto não é sério, né? Felipe reagiu ao que sentia e fez aquilo que eu também faria, pois não é fácil mesmo aceitar este tipo de situação. Ainda mais ele, ao ver a destruição de parte daquilo que só está acontecendo em decorrência do esforço que a CDL tem feito ao lado da prefeitura municipal, com o apoio de muita gente, para montar o mais rápido possível toda a estrutura de decoração e iluminação para o Natal 2024.
Só não levaram as balsas
E para quem ainda não sabe o que aconteceu: noite de sexta, num rápido momento em que o vigilante contratado para cuidar dos equipamentos com cabos de energia e iluminação, por fora das pontes Nereu Ramos e Heriberto Hülse, cabos que vão fazer funcionar o espetáculo “A Dança das Águas do Natal”, deu uma pequena distraída, os tais “moradores de rua”, que vivem debaixo daquelas pontes, os mesmos que são alimentados diariamente, atacaram a fiação, levando quase toda ela, e, o que é pior, cortaram todo o resto que ficou. Naturalmente a polícia vai descobrir quem são, mas, enquanto isto não acontece, permita-me exercitar meu lado sarcástico com uma mensagem àqueles que ficam “ofendidinhos” com a reação do diretor da CDL. Não gostaram do que o Felipe disse? Pois levem esses “coitadinhos” que vivem debaixo das pontes para morar com vocês. Coloquem eles cuidando das suas casas ou empresas.
