22 DE NOVEMBRO DE 2024
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MILTON ALVES

22/11/2024 06:00
Foto: Elvis Palma/DS

Complicou

Está ficando difícil a situação do vereador reeleito e mais votado nas eleições deste ano em Laguna, Anderson Silveira, o Maninho (PODE), na foto de Elvis Palma. Ele foi investigado e agora denunciado pelo Ministério Público Eleitoral (MPE), em resposta a uma acusação apresentada pela Coligação Por Laguna, do PL, após ter sido gravado em carro oficial da prefeitura com adesivo de campanha em uma área no Farol de Santa Marta, onde havia uma obra viária e, para tanto, estavam sendo descarregadas lajotas para pavimentação. Com as investigações, o Ministério Público comprovou a existência do fato realmente, e pela gravidade da transgressão à lei eleitoral, resolveu fazer a denúncia, que foi acatada pelo Poder Judiciário.    

Dias antes das eleições

O alerta sobre a transgressão eleitoral por parte do vereador foi apresentado pela coligação do PL poucos dias antes da eleição, e como não havia mais tempo para o processo ser julgado, o Judiciário optou por aguardar o resultado das urnas. Com Silveira sendo reeleito, o processo foi transformado em uma ação de investigação eleitoral (Aije), que agora culminou com a denúncia por parte do Ministério Público Eleitoral. Na ação, o MPE pede que o registro de candidatura seja indeferido e que a votação seja anulada, com a cassação do diploma e do mandato que iniciará em janeiro de 2025.

Colapso nas campanhas

Se o processo verdadeiramente acabar em cassação do registro e a não diplomação do vereador Maninho, que recebeu mais de 1,5 mil votos no pleito, sendo – repito – o mais votado das eleições para vereador de Laguna neste 2024, vamos ter aí a confirmação de que usar a máquina pública em benefício próprio pode, sim, se transformar no colapso momentâneo da carreira de um político. Só não é um “colapso total” porque, em muitos casos já registrados na história de nossas eleições, a gente enxerga o eleitor que depois de passar um certo tempo ainda vota em quem faz isso.

Conduta não incomum

Aliás, mesmo fazendo este alerta sobre a conivência de muitos eleitores que não consideram o uso da máquina como algo que lhe faça deixar de gostar do político espertalhão, é preciso dizer aos próprios espertalhões que eles têm que parar de fazer isto, pois com a evolução da tecnologia já não está tão difícil de fazer o flagrante das irregularidades. E olha que elas acontecem aos montes numa campanha eleitoral.

Diário do Sul
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