16 DE SETEMBRO DE 2024
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MILTON ALVES

03/09/2024 06:00

 Inveja mata

Gostaria de saber o que se passa pela cabeça de um candidato a vereador mediano (daqueles que dificilmente chegam aos 100 votos) quando, ao invés de divulgar suas propostas no sentido de convencer o eleitor a lhe dar o voto, decide invadir as redes sociais para fazer campanha contra os vereadores já eleitos, os que buscam a reeleição, e o que é pior: atingindo até mesmo alguns colegas da sua própria sigla ou de partidos aliados na majoritária. Aqui em Tubarão tem gente fazendo isto, e uma postagem do final de semana no Instagram deu o que falar com esta polêmica.  
Despreparados

Já não bastasse demonstrar, com atitudes deste tipo, um certo desvio de caráter, turbinado pelos sentimentos de inveja e preconceito, estes pseudocandidatos também escancaram que não entendem nada de política. Fosse eu candidato de primeira viagem por um partido que já tivesse bancada na Câmara, iria mesmo era torcer pelos que buscam a reeleição, para manter o maior número de cadeiras possíveis. Quanto mais, mais chance teria de ocupar uma das vagas. Ainda bem que gente deste tipo sempre fica pelo caminho.

O ex-prefeito Joares

Um nome que não é candidato à reeleição (pelo menos para este cargo), mas que também tem sofrido alguns ataques dessa turminha de lacradores, é o do ex-prefeito Joares Ponticelli. E neste caso específico do Joares, um candidato com enorme potencial de votos, junto a um eleitorado que confia nas suas palavras e torce para que possa provar sua inocência, estes “coitados” só perdem tempo. Sei não, se não é até pior. Casos em que o tiro até pode sair pela culatra.

Voltou atrás

Ontem, por exemplo, um amigo me contou que recebeu em sua casa no final de semana um candidato a vereador que ocupou cargo comissionado na prefeitura durante os anos de mandato de Joares Ponticelli e Caio Tokarski. Era da cota de um partido aliado, mas vivia sempre bajulando o prefeito e o vice.  Conversa vai, conversa vem, meu amigo perguntou ao visitante como estava Joares na campanha e foi surpreendido por uma saraivada de conselhos para que não votasse no ex-prefeito. Conselhos sustentados por críticas difamatórias. O amigo, que até então estava pensando em votar num primo da esposa, que também é candidato, olhou pra ele e disse: “Cara, tua ingratidão para com o teu antigo chefe me fez decidir votar nele. Seja qual for o problema com Joares, tê-lo na Câmara é a garantia de uma vaga a menos para gente falsa como tu”. O sujeito baixou a cabeça e foi embora. Portanto, como eu já disse: falar mal de alguém em eleições pode virar “combustível” para a campanha do opositor. Se tem uma coisa que o eleitor não topa é a ingratidão.  

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