26 DE JUNHO DE 2024
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MATHEUS MADEIRA

17/06/2024 06:00

O inacreditável PL dos estupradores

Existe uma assinatura catarinense entre as 33 que trouxeram à tona o Projeto de Lei (PL) 1904/2024, assustador mesmo nos tempos sombrios em que a democracia brasileira vive. Em resumo, o texto resolve punir de maneira muito severa as mulheres que optarem por interromper uma gravidez - provocada por um estupro, por exemplo. Penalizar a vítima é, ainda que indiretamente, minimizar o crime praticado pelo estuprador, que estaria sujeito a uma pena bem mais leve. É difícil acreditar, mas a deputada federal Júlia Zanatta (PL-SC) assinou a proposta. Não podemos dizer que não seja coerente. Seu guru político, o ex-presidente Jair Bolsonaro, já disse às câmeras que não estupraria uma deputada federal porque ela “não merece”. Não apenas relativizou o ato como ainda sustentou uma relação de mérito, dividindo as mulheres entre as que são dignas de serem violentadas sexualmente e as que nem isso merecem. Tem coerência, mas isso faz bem ao debate público brasileiro? O texto pode ser útil para lacrar no TikTok, mas como a história vai resgatar essas ações daqui a dez ou 20 anos?
 

Segunda mulher

Liderando a Federação Brasil da Esperança (ao lado de PCdoB e PV), o PT lançou a policial civil Maristela Francisco como pré-candidata a prefeita, com o ex-vereador Professor Paulão como vice. Maristela pode ser a segunda mulher a concorrer à prefeitura da cidade na história. A primeira foi Eliete May, candidata em 1982 pelo mesmo PT. Estavam presentes o deputado estadual Pedro Uczai e o ex-prefeito Olavio Falchetti.

Solidariedade

Quem também anunciou uma pré-candidatura à prefeitura de Tubarão foi o Solidariedade. O nome definido foi o de Alexandre Lopes. Ele foi candidato a vereador em 2020 pelo Cidadania, obtendo 87 votos. Em 2022 concorreu a deputado estadual pelo União e atingiu 184 votos na cidade e 497 em todo o Estado.

O pedido de desculpas

Coronel Freibergue, presidente da Fesporte, resolveu pedir desculpas aos deputados Fernando Krelling (MDB) e Napoleão Bernardes (PSD) por ter colocado neles a culpa pelo desastre do cancelamento da disputa dos Parajasc. É sinal de que o governador Jorginho Mello resolveu manter a Fesporte como cabide de emprego, mantendo um sujeito que nada sabe de esporte ou gestão pública no posto.

Diário do Sul
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