Políticos que fazem muitas obras, a ponto de impulsionar o desenvolvimento de uma cidade, de uma região ou do país. É o que todos queremos – ou deveríamos querer – e, quando temos a sorte de contar com um desses, a transformação é logo percebida e sentida pela maioria.
Mas, por algum motivo, os eleitores aqui da região têm uma certa dificuldade em dar o devido reconhecimento a políticos obreiros. Em Braço do Norte, por exemplo, o prefeito Beto Kuerten foi um dos mais ativos e trabalhadores que já conheci, desde o tempo de Ademir Matos.
O próprio Ademir foi derrotado pelo Beto, na eleição de 2016. E depois de oito anos de ótimos serviços prestados à população, quando transformou Braço do Norte num canteiro de obras, Beto não conseguiu eleger seu sucessor, que terminou com cerca de um terço dos votos.
Em São Ludgero aconteceu o mesmo, com a população não elegendo o candidato do deputado Volnei Weber e do prefeito Ibaneis Lembeck, que são dois dos que mais trabalharam pelo desenvolvimento do município. Em Laguna, Samir Ahmad nem pôde disputar a reeleição.
Ele asfaltou a beira-mar – obra reivindicada há quantos décadas? Asfaltou do Gi até a Praia do Sol, e de que adiantou? Essas duas pode também colocar na conta do ex-governador Moisés, que viabilizou essas e muitas outras obras aqui na região e não teve o devido reconhecimento.
Em Tubarão, em qualquer lista dos prefeitos mais realizadores que se faça constarão Paulo Osny May, Joares Ponticelli e Carlos Stüpp. Paulinho foi terceiro colocado na eleição de 1996; Stüpp já coleciona algumas derrotas e Joares sequer foi eleito para a Câmara de Vereadores.
Lula duplicou a BR-101 e fez o aeroporto de Jaguaruna. Dilma construiu a ponte de Laguna. Mas um e outro são amaldiçoados neste sul do mundo. Político que muito faz corre um sério risco de cair em desgraça por aqui. Por isso somos uma da regiões mais pobres do Estado.