Vovó Ernestina, 85 anos, compareceu ao SUS para marcar consulta com o seu oculista.
O funcionário, examinando a agenda do doutor Alfredo, comunicou:
- Dia 10 de setembro, às 10 horas.
- Mas isto é daqui a seis meses, moço! Eu nem sei, com a idade que tenho, se até lá ainda estarei viva.
- Se por acaso a senhora falecer, manda dizer para que eu possa marcar a sua hora para outro...
Seis meses depois, vovó Ernestina entrou, tateando as paredes, no consultório do doutor Alfredo e já foi dizendo:
- Aqueles óculos que o senhor receitou na última vez que estive aqui, já não prestam mais.
- Vamos ver: sente nesta cadeira.
A penumbra, que é normal em consultórios de oculistas, fez com que Ernestina não enxergasse direito a tal cadeira.
- Dá uma ajudinha, doutor?
- Agora leia aquelas letras lá na sua frente.
- Que letras?
- Lá na parede.
- Que parede?
- Vó, deixa ver os seus óculos.
Após conferir o “grau” do mesmo, anunciou:
- Vó, a senhora está usando o óculos antigo, que foi substituído!
- Bem que eu estava estranhando o estojo...
Ato contínuo, o doutor completou o exame e então falou:
- Mas há um novo problema: a senhora está com catarata.
- Ah, meu Deus! Tudo acontece para o idoso. Mais essa.
E agora, doutor?
- Tem que operar.
Ingenuamente, Ernestina pergunta:
- E o senhor tem prática?
Incomodado com a pergunta, o doutor responde com um sorriso sarcástico:
- Tenho, sim. Eu até já operei a Catarata do Iguaçu, que é bem maior que a sua!