Pícnica ou brevilínea é como chamamos em medicina a mulher baixinha.
”Os melhores perfumes estão contidos em pequenos frascos”, diz o ditado. Assim é a mulher que os franceses, profundos conhecedores do elemento feminino, chamam de mignon.
Seria alguma analogia chamarmos de filé mignon aquela saborosa e macia carne bovina, cujo volume também não é grande?
Elas são, naturalmente, fofas, cheirosas, carinhosas, atraentes, delicadas e bonitas. Verdadeiras bonecas, que me desculpe a Barbie, que é longilínea.
Muitas delas, por terem uma tendência em ganhar peso, frequentam amiúde o espelho e a balança. Aí, por elas serem, por força do seu tipo físico, amantes dos prazeres da mesa, supliciam-se ao ter que comer de maneira comedida.
Se, por acaso, tiverem um companheiro de grande estatura, provavelmente, se engravidarem, serão “candidatas” a uma cesariana, que, em geral, enfrentam corajosamente.
Assim são as baixinhas, que descrevo com conhecimento de causa porque, por sessenta e um anos, convivi com uma delas, cuja falta me deixou muitas saudades.