Domingo, 20 de julho de 2025
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JOÃO MARCELO FRETTA ZAPPELINI

04/07/2025 06:00

Pouca inteligência

O ataque hacker que surrupiou mais de 1 bilhão de reais de seis instituições financeiras fez ressurgir as teorias conspiratórias de que as urnas foram fraudadas nas últimas eleições.
A primeira situação a ser esclarecida diz respeito a quem foi atacado. Apesar da imprensa repetir que o Banco Central teria sido a vítima, tal fato não é verdadeiro.
Quem teve o sistema invadido foi a C&M Software, empresa de tecnologia que conecta instituições financeiras aos sistemas do Banco Central. Aliás, o próprio Banco Central “determinou à C&M o desligamento do acesso das instituições às infraestruturas por ela operadas”.

Pouca inteligência II
Li em determinado lugar: “Convenhamos: hacker esperto prefere roubar 1 bilhão em um sistema online do que ficar indo de urna em urna off-line no dia da eleição para manipular votinhos do candidato favorito dele. Além da inviabilidade técnica, o “prêmio” seria ridiculamente baixo”.
Há quem ainda discorde de que o objetivo, e o consequente benefício, não fossem tão atraentes e ressalte que bastaria ir até o código-fonte e alterá-lo para que a fraude fosse consumada. 
Eu insisto: o código-fonte é vasculhado, testado e comprovado por vários auditores, incluindo partidos políticos e Forças Armadas. Depois disso, ele é instalado nas urnas junto ao banco de dados com os candidatos. Carregam isso tudo nas urnas e as lacram para mantê-las off-line, ou seja, sem acesso a qualquer rede que pudesse ser invadida.
Para finalizar, em depoimentos recentes ao STF, lideranças próximas ao ex-presidente Jair Bolsonaro - como o seu ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, o engenheiro Éder Balbino e o próprio ajudante de ordens, Mauro Cid — afirmaram não terem encontrado qualquer indício de fraude no sistema eleitoral.

Pouca inteligência III
Se pensarmos que Jair Bolsonaro perdeu as eleições por menos de 2% dos votos, seria legítimo pensar que muitas pessoas que foram levadas a acreditar em uma possível fraude eleitoral teriam deixado de comparecer aos locais de votação? Essa ausência pode ter contribuído para a derrota do ex-presidente?
Eu julgo que sim.
O fato é que se a direita quiser retomar o poder, continuar desacreditando ou lançando dúvidas a respeito do sistema eleitoral brasileiro é repetir o erro recentemente cometido.
É preciso mais inteligência, racionalidade e menos crença em teorias conspiratórias.

Repercutiu
Recebi uma ligação de uma liderança política respeitada e que talvez seja a que, localmente, eu tenha mais admiração por sua conversa culta e repleta de conteúdo.
A ligação tinha um objetivo: ponderar a respeito dos prejuízos incalculáveis decorrentes da venda da Unisul.
Em determinado momento, surgiu uma comparação: qual fato vivido no nosso município teria sido mais pernicioso? A venda da nossa universidade ou o ato político que permitiu a emancipação de Capivari de Baixo?
Quanto teríamos a mais de arrecadação se ainda fôssemos a capital energética do sul do país? 
Quantos prejuízos imobiliários, de prestadores de serviços, de formação de profissionais capacitados que poderiam ser evitados se os nossos políticos agissem com o resguardo que Tubarão merece?
Eu, sinceramente, não sei identificar. Mas são atos que ficarão como cicatrizes dolorosas na história do município.

Atenção
 Eu sempre soube que escrever no Diário do Sul daria visibilidade às minhas opiniões como nunca antes eu tivera. E talvez, por este motivo, tenho recebido sugestões, opiniões sobre notas escritas e, até mesmo, denúncias de possíveis malfeitos que exigem atenção das autoridades locais para que eles não sejam consumados.
E a esse respeito tem sido recorrente receber no WhatsApp ponderações quanto à possível compra da nova sede que acomodará a Câmara de Vereadores. Não posso fazer qualquer juízo de valor, e publicar o que tenho recebido seria leviandade da minha parte. Não há provas do que falam e nem do que sugerem. Pelo menos, até agora.

Atenção II
Conheço o presidente da Câmara, o vereador Felipe Tessmann, e sei da sua retidão no trato da coisa pública.
Dito isto, é fundamental que este processo seja acompanhado pelos órgãos de controle. Observatório Social, Conset e o próprio Ministério Público têm o dever de fiscalizar com lupa o negócio que será realizado.
Uma maior transparência trará mais tranquilidade a nós, cidadãos de Tubarão, e também aos próprios vereadores.

Garopaba
O indiciamento do prefeito de Garopaba, Júnior de Abreu e Bento, é mais um dos tantos tristes episódios que estamos começando a nos acostumar a viver em Santa Catarina. 
Eu, sinceramente, já perdi a conta de quantos prefeitos entraram na mira da polícia e hoje respondem por crimes cometidos contra a administração pública no nosso estado.
Até quando nossos homens públicos insistirão em desafiar as forças de segurança? 

João Fonseca
Quem assistiu ao último jogo do brasileiro João Fonseca no torneio de Wimbledon ficou estupefato com a capacidade técnica do garoto de 18 anos.
Não há qualquer dúvida de que estamos testemunhando o nascimento da mais nova estrela do esporte nacional.
João agora enfrenta o chileno Nicolás Jarry visando passar à quarta rodada do torneio. O jogo é nesta sexta-feira às 10h30, hora de Brasília.
 

Canto da Beleza
Recém-chegada de Miami, onde passou uns dias ao lado do marido, o compadre André Valerim, e do filhote Miguel, Lívia vem direto pro cantinho da beleza porque aqui nós somos exigentes.
Linda, divertida e de bem com a vida...
Como disse Fernando Pessoa: 
“Segue o teu destino...
Rega as tuas plantas;
Ama as tuas rosas.
O resto é a sombra
de árvores alheias”.
 

Genial 
Um casal que já não mais se suporta. O fim de um casamento que se mantém por conveniência. Uma união que chegou ao seu limite.
A foto tirada por Gabriela Biló do presidente Lula e do ministro da Economia, Fernando Haddad, representou bem o quanto o fotojornalismo pode ser genial.
Falou tudo sem dizer uma única palavra.

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