Uma reunião na sala da presidência uniu Fernando Haddad, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, o núcleo duro petista, como os ministros Rui Costa, Alexandre Padilha e Paulo Pimenta, e o atual secretário de Comunicação, Sidônio Palmeira.
E foi ele, Sidônio, que chegou com o pacote pronto e foi logo reverberando: “vamos anunciar o ajuste fiscal e a isenção do imposto de renda juntos. Ajustamos, mas não deixamos de acenar para a nossa base”, teria dito o publicitário.
Haddad, contrariado, argumentou que tal medida tomada em conjunto iria desagradar a ambos, o mercado e a população.
Lula discordou. Na esteira da opinião do presidente, os petistas mais fervorosos encorparam o discurso do “morde e assopra”.
Foi então que o ministro da Economia solicitou um momento a sós com o presidente. Gostaria de que na sala ficassem apenas ele, Lula e Galípolo.
Ao ter o pedido atendido, Haddad instigou o presidente do Banco Central a falar o que aconteceria se as medidas fossem anunciadas em conjunto e Galípolo não titubeou: “presidente, o dólar vai romper a barreira dos seis reais”.
Lula retrucou: “essa é uma decisão política e ela já está tomada”.
Como se sabe, a previsão de Galípolo e Haddad se confirmou. O dólar foi às alturas, os juros explodiram e a bolsa de valores despencou.
Este é só mais um relato que ilustra uma das tantas outras barbeiragens que Lula praticou no atual governo. Ao ouvir apenas o núcleo petista mais radical, o presidente vê, semanalmente, sua popularidade afundar de forma vertiginosa.
Como disse o advogado Kakay, na carta que escreveu aos aliados do presidente: “Lula do 3° mandato, por circunstâncias diversas, políticas e principalmente pessoais, é outro. Não faz política. Está isolado. Capturado. Não tem, ao seu lado, pessoas com capacidade de falar o que ele teria que ouvir. Não recebe mais os velhos amigos políticos e perdeu o que tinha de melhor: sua inigualável capacidade de seduzir, de ouvir, de olhar a cena política”.
Tenho repetido: Lula não será candidato. Sua saúde o impede, assim como a sua incapacidade de se reinventar.

Gonet
Sim, eu li a denúncia do procurador-geral da República contra 34 pessoas. Dentre elas, o ex-presidente Jair Bolsonaro e militares como o general Braga Netto.
Não sou criminalista, mas como advogado posso atestar que se trata de um roteiro com um intenso esmiuçar de detalhes.
Há partes estupefacientes, como o da foto acima. Neste documento, por exemplo, o detalhamento de como Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes seriam assassinados. Tudo referendado pelas delações de Mauro Cid e com provas de que tal documento fora impresso no Palácio do Planalto e levado ao Palácio da Alvorada para que Bolsonaro tomasse conhecimento.
Gonet II
Outro ponto que me chamou a atenção foi quando Anderson Torres, ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro, admitiu que havia mentido de forma deliberada em uma live e em companhia do ex-presidente quando fez referência às urnas eletrônicas.
“Não foi possível depreender do material que teve acesso a existência de fraude ou manipulação de voto”, declarou.
Gonet III
Segundo o procurador-geral da República, “os alvos escolhidos pela organização criminosa somente não foram violentamente ‘neutralizados’ devido à falta de apoio do Alto Comando do Exército ao decreto golpista, que previa expressamente medidas de interferência nos poderes constitucionais.”
Conclui-se, então, que o Alto Comando do Exército e o da Aeronáutica foram cruciais para que o plano não fosse adiante.
Gonet IV
Por outro lado, as defesas de Bolsonaro e Braga Netto tratam à denúncia como um documento fantasioso. Segundo os advogados, não há provas que liguem diretamente o ex-presidente à trama golpista.
Definitivamente, teremos longos meses pela frente.
Curioso
Bastou que os grandes jogadores do país se posicionassem contra o gramado sintético para que dirigentes do Palmeiras trouxessem a público estudos que justificariam o seu uso.
Mas vejam só, numa rápida análise de especialistas, esclareceu-se que os estudos com patrocínio de fabricantes de grama artificial tendem a relatar uma maior incidência de lesões em campos de grama natural. Por outro lado, os estudos sem conflito de interesse indicam que as taxas de lesões no tornozelo e joelho são mais elevadas em gramados artificiais.
As maiores ligas do mundo usam o gramado natural. Jogar em campo com grama artificial é pra bater bola com os amigos, e não para o futebol profissional.

Suavizar
Como disse Chico Buarque numa das suas músicas: “Amaram o amor urgente/ As bocas salgadas pela maresia/ As costas lanhadas pela tempestade/ Naquela cidade distante do mar/ Amaram o amor serenado/ Das noturnas praias levantavam as saias/ E se enluaravam de felicidade/ Naquela cidade que não tem luar”.
A boca salgada pela maresia na foto é a da estonteante Babi Vargas, que, assim como na música do Chico, “vira areia, prateada areia, com lua cheia e à beiramar!”
Mutirão
O fundamental mutirão de limpeza das margens do Rio Tubarão acontece neste sábado (22), a partir das 8 horas.
Já são mais de 300 voluntários inscritos. Diante do envolvimento e mobilização, percebe-se que teremos uma grande quantidade de resíduos retirados das margens do rio.
É um primeiro passo para avançarmos na revitalização do nosso bem mais precioso.

Rua Canadá
Recebi mensagens de moradores da Rua Canadá pedindo ajuda. Segundo eles, após a via ter sido revitalizada, as suas vidas viraram um inferno.
São motos e carros transitando como se estivessem em uma pista de corrida. Reclamação justa e que deve receber a devida atenção da administração municipal.