Crime foi registrado em Laguna na frente dos filhos do casal
O homem que tentou matar a companheira com oito facadas na frente dos filhos, em Laguna, foi condenado em Laguna a 18 anos de reclusão. O crime foi motivado por uma crise de ciúmes desencadeada por uma música que a vítima estava ouvindo, segundo a denúncia do Ministério Público de Santa Catarina.
Ao todo, a vítima foi atingida por oito facadas, sendo duas delas no rosto e as outras nas costas. Segundo o MPSC, a vítima foi agredida pelo então companheiro durante um jantar, após ela ouvir uma música que falava de relacionamentos.
Tomado pelo ciúme, o réu iniciou uma discussão, insinuando que, ao ouvir a canção, a vítima demonstrava o desejo de se separar dele. Inconformado com a possibilidade, o réu dirigiu-se até a cozinha, pegou uma faca e a atacou. “Eu te falei que tu só vai se separar de mim morta. Tu precisa sangrar. Olha o que tu fez eu fazer contigo”, disse o homem após desferir as facadas, de acordo com a denúncia.
O crime ocorreu em setembro de 2023. Após denúncia apresentada pelo Ministério Público, o autor da tentativa de homicídio foi condenado pelo Tribunal do Júri nesta quarta-feira. A pena foi fixada em 18 anos e oito meses de reclusão, em regime inicial fechado.
Qualificadoras
O promotor de Justiça Paulo Henrique Lorenzetti da Silva sustentou aos jurados, que acolheram integralmente a tese do MPSC, a aplicação de três qualificadoras ao crime. O homicídio tentado foi praticado por motivo fútil.
Além disso, o crime foi praticado contra mulher por razões da condição do sexo feminino, uma vez que foi cometido em contexto de violência doméstica e familiar. O Conselho de Sentença também reconheceu, como causa de aumento de pena, o fato de o crime ter sido praticado na presença dos filhos menores da vítima, que tinham nove e quatro anos na época do crime.
Já preso preventivamente, o réu teve negado o direito de recorrer em liberdade. “Infelizmente, mais um caso envolvendo violência doméstica. Uma tentativa de homicídio que iniciou apenas por uma música que estava tocando ao fundo. Crime cometido por motivo completamente fútil, dificultando a defesa da vida e que deixou marcas permanentes”, relatou o promotor.