Líder religioso foi denunciado pelo Ministério Público pelos crimes de estupro e importunação sexual contra seis fiéis
O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) apresentou denúncia contra o pai de santo, preso no começo de maio deste ano, em Tubarão, pelos crimes de estupro, importunação sexual e violação sexual mediante fraude contra seis mulheres. Além da condenação pela prática dos crimes, o MPSC requereu à Justiça que o réu seja condenado a reparar os danos causados, com a fixação de valor indenizatório de, no mínimo, R$ 50 mil para cada vítima.
Segundo o MPSC, o réu se aproveitava da autoridade e confiança nele depositada para, supostamente, abusar das frequentadoras da casa religiosa, de acordo com a investigação. A denúncia, já recebida pela Justiça, aponta que ele teria se aproveitado de momentos vulneráveis das vítimas, que o procuravam para aconselhamento ou rituais espirituais, para praticar os atos libidinosos. Os crimes teriam sido praticados em 2023.
“Em alguns dos casos, o homem teria simulado estar incorporado por entidades espirituais e teria dito às vítimas que o problema delas só seria resolvido mediante a prática de relação sexual com ele. Ele supostamente se utilizava de rituais nos quais ficava mais próximo das vítimas para tocar o corpo delas. Em algumas das situações, o réu teria utilizado violência para impedir que as mulheres resistissem aos abusos, segurando-as ou cobrindo-lhes a boca”, detalhou o MPSC.
Mensagens
Também constam da denúncia do Ministério Público de Santa Catarina mensagens de cunho sexual que o líder religioso teria enviado às mulheres antes e depois dos crimes sexuais. O réu responde ao processo preso.