Relembrar histórias, momentos marcantes e até mesmo “causos” vivenciados por moradores de Tubarão fez com que o prêmio estadual Elisabete Anderle, na categoria Arte, fosse dado para a Cidade Azul.
Chamado de “Tesouro de Memórias Vividas”, o projeto da pedagoga tubaronense Júlia Maria Damázio Rodrigues resgata a cultura através de contação de histórias.
De acordo com Júlia, o projeto contou com a participação do Grupo de Idosos Oficinas da Sabedoria, da Fundação Municipal de Desenvolvimento Social da cidade. “Começamos em 2020, através dos grupos. Contudo, com a pandemia, com todo cuidado e prevenção, estivemos com alguns idosos, coletamos suas vivências e transformamos em histórias que foram contadas para alunos da Combemtu”, explica a pedagoga.
As histórias colhidas foram digitalizadas, impressas e encaminhadas para as crianças que estudam na Combemtu, que, por sua vez, as ilustraram, para que fossem contadas posteriormente pela pedagoga. “Foi uma experiência muito rica. Os alunos puderam conhecer um pouco mais dessas pessoas e conseguiram colocar no papel o que elas perceberam de cada um”, completa Júlia.
Segundo Júlia, o desejo de iniciar o projeto veio de uma outra experiência vivenciada com um trabalho semelhante, executado em 2015, através da empresa Tractebel. “Também foi feito com as pessoas da terceira idade. Eles voluntariamente tinham o desejo de compartilhar suas experiências. Com isso, me inspirei em me inscrever no prêmio Elisabete Anderle para que, com este recurso, pudesse executar o mesmo projeto com o grupo de idosos em Tubarão”, revela.
Projeto terá exposição neste sábado em TB
Após reunir todas as histórias, contar aos alunos da Combemtu e ter em mãos as ilustrações feitas pelos alunos, Júlia realiza neste sábado uma exposição do trabalho pronto. “Será das 14h às 17h, no Espaço Massa Madre, localizado à margem da rodovia SC-370, no bairro São Martinho”, diz Júlia.
A exposição contará com fotos dos participantes e as histórias que foram contadas.
Prêmio estimula a cultura no Estado
Promovido desde 2009 pelo governo de Santa Catarina, por meio da Fundação Catarinense de Cultura, o prêmio Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura tem o objetivo de selecionar projetos culturais que receberão apoio financeiro para realizar ações nos campos das artes, artes populares e patrimônio cultural, que objetivem o estímulo e o fomento da produção, circulação, pesquisa, documentação, formação, restauração, preservação e difusão de produtos, bens e/ou serviços culturais que sejam acessíveis a diferentes públicos; contribuam para a construção e compartilhamento de conhecimentos e modos de fazer; beneficiem a geração de produtos, bens e serviços culturais; alcançando municípios de pequeno e médio portes das diferentes regiões do Estado, e perpassando os mais variados estratos culturais e sociais.
