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Vereador de Imbituba está entre alvos de operação

Ação apura desvio de saibro, corrupção, caixa dois e lavagem de dinheiro

26/06/2025 06:00|Atualizada em 27/06/2025 01:00|Por Redação

Um vereador de Imbituba foi alvo de um mandado de busca e apreensão ontem, durante a segunda fase da Operação Castelo de Barro, que apura um esquema envolvendo desvio de saibro, corrupção eleitoral, caixa dois, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A ação foi deflagrada pela Polícia Civil, com o apoio das delegacias de Laguna, Garopaba e Imaruí.

Ao todo, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão, e o nome do político, eleito nas últimas eleições municipais, não foi informado. Segundo a investigação, iniciada em outubro de 2024, a primeira fase da operação, realizada em janeiro deste ano, revelou que apenas 30% do saibro contratado pelo município estava sendo entregue, enquanto o restante era desviado ou inexistente, gerando prejuízo estimado em mais de R$ 500 mil aos cofres públicos.

Com a continuidade das apurações, a nova fase da operação apontou o envolvimento direto do vereador, que teria participado de reuniões com empresários investigados, inclusive no dia da homologação da licitação fraudulenta, segundo a polícia. Interceptações telefônicas e diligências de campo indicam que, entre agosto e setembro de 2024, o desvio de saibro foi intensificado, com destino a propriedades particulares e finalidade de financiar a campanha eleitoral do então candidato.

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Uso de influência  

As investigações identificam a atuação de dois núcleos: um empresarial, responsável pelas operações e movimentação financeira, e outro político-administrativo, supostamente liderado pelo vereador, que usaria sua influência para manter o esquema ativo durante o mandato. A Polícia Civil e o Ministério Público (MP) representaram pela prisão preventiva dos envolvidos e por mandados de busca e apreensão em endereços dos investigados e de possíveis laranjas.

Embora o MP tenha se manifestado favoravelmente, o juiz eleitoral indeferiu os pedidos de prisão, mas autorizou os sete mandados de busca cumpridos nesta quarta-feira. A investigação segue em andamento. Ontem, a Câmara de Vereadores de Imbituba informou que não se manifestará sobre o caso. 

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