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Telas de Via Sacra são restauradas

Telas da “Via Sacra”, do século 19, voltaram para a igreja matriz de São Ludgero após serem totalmente renovadas

28/03/2024 06:00|Por Redação

A Semana Santa para os fiéis que frequentam a igreja matriz de São Ludgero ganhou um toque especial. As 14 telas da “Via Sacra” voltaram a ocupar o seu espaço de exposição depois de um longo tempo longe do público. As obras são do século 19 e vieram da Alemanha.

No ano passado, o pároco Anselmo Buss levou as telas para o laboratório de restauração do Museu ao Ar Livre Princesa Isabel, em Orleans. Depois de passar pelo processo de restauro, as obras voltaram a ficar em exposição.

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As telas retratam as estações da Paixão de Cristo, a chamada Via Crúcis, e, conforme padre Anselmo, embora os quadros não tenham uma data precisa, são de algo em torno de 1880. “Foram trazidas pelo primeiro pároco, aqui de São Ludgero, ainda jovem, o Monsenhor Frederico Tombrock. São telas antigas que vieram, provavelmente, da região de Westphalia, na Alemanha”, relata o padre, que lembra que de lá vieram o primeiro bispo e o padroeiro da paróquia.

Conforme o museólogo e restaurador do Museu ao Ar Livre, Idemar Ghizzo, o objetivo do restauro é preservar os aspectos originais da obra. “Todo o processo de restauração trabalha com técnica, desde o recebimento da tela, a documentação, o laudo, o diagnóstico e a intervenção. Esse é o estudo da melhor maneira de intervir para que a tela fique apreciável novamente. É um processo técnico”, explica Idemar.

Para a diretora do Museu ao Ar Livre, Valdirene Böger Dorigon, o trabalho exige paciência e conhecimento técnico. As obras são de autor desconhecido e ficaram no museu desde setembro do ano passado. “Trabalhar com acervo religioso é trabalhar com a questão da fé, da religião das pessoas. Então, é um trabalho que tem todo um respeito relacionado, independentemente da religião, do objeto que nós estamos trabalhando. Tem um sentimento a mais do que um outro objeto simples”, afirma Valdirene.

Parte da história

Uma das técnicas que trabalharam no processo de restauro foi a bacharel em Museologia e moradora de São Ludgero Rosani Hobold. Ela conta que seu pai achava que os quadros haviam sido descartados. “Quem tem uma certa idade provavelmente lembra dessas obras bastante significativas. Falei para o pai que estavam no laboratório de restauração do Unibave e, em breve, voltariam para a igreja matriz”, conta. Padre Anselmo lembra que as obras fazem parte da história de São Ludgero e, por isso, é importante o restauro. “Aqueles que vierem aqui vão ter a oportunidade de verificar cada detalhe, que tem algo muito especial”, comenta o padre sobre as telas.

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