Estêner Soratto também adiantou que 13° não será pago neste mês
Com apenas R$ 60 mil em caixa após o pagamento da folha e de dívidas, o prefeito de Tubarão, Estêner Soratto, disse ontem em coletiva de imprensa que há dinheiro para fazer obra, mas falta dinheiro para o dia a dia.
O diagnóstico preocupante das finanças da prefeitura foi apresentado e, de acordo com o Soratto, a prefeitura conta com programas como o “Obra Pra Valer”, que tem mais de R$ 100 milhões em repasses do governo do Estado e de deputados estaduais, porém esse dinheiro não pode ser usado para pagar a folha de pagamento, por exemplo”, explicou.
O prefeito destacou ainda que a redução das dívidas é resultado direto de medidas como a suspensão de concessões de adiantamentos de despesas para viagens, diárias e horas extras, além do corte de cerca de 44% nas despesas do gabinete do prefeito. Com essas ações e a reforma administrativa, a estimativa é de uma economia de aproximadamente R$ 2,5 milhões até o final do ano.
Explicou também que, dos R$ 22,5 milhões em dívidas anteriores ao exercício de 2025, restam R$ 3,8 milhões a pagar. Outros R$ 20 milhões referem-se a financiamentos do Finisa e BRDE, dos quais já foram pagos R$ 8 milhões.
“Além disso, há R$ 9 milhões em dívidas com precatórios”, completou o prefeito.
Antecipação do 13º salário não será possível
O prefeito Estêner Soratto explicou que não será possível antecipar o 13º salário dos servidores, mas o salário mensal dos servidores está garantido. “Despesas públicas são como unha: precisam ser cortadas constantemente. Nos primeiros seis meses, fizemos um esforço enorme para reorganizar as contas da prefeitura, reduzindo dívidas e gastos desnecessários. Estamos economizando sem comprometer os serviços, e isso mostra que é possível administrar com responsabilidade e respeito ao dinheiro do cidadão”, frisou.
“Não temos a metade dos recursos agora. Qual opção temos? Deixar fornecedor para trás para conseguir pagar o 13º? Não é correto deixar quem vendeu areia para pavimentar uma rua ou leite para a escola. Não é correto”, completou Soratto, na coletiva.