Na região, 2,2 mil empresas são afetadas diretamente por problemas de mobilidade
Uma carreta carregada com sucata tombou no Km 233 da BR-101, sentido sul, na região do Morro dos Cavalos, na manhã de ontem. Até a tarde de ontem já havia cerca de 17 quilômetros de fila no sentido sul da rodovia.
Por conta do tombamento, a via foi totalmente bloqueada no sentido sul. Um desvio foi feito pela via marginal e até o fechamento desta edição não havia previsão de liberação total.
Este acidente é mais um exemplo do problema sério que vem sendo enfrentado pelo setor de trasportes de cargas, gerando prejuízos milionários.
O principal gargalo é, sem dúvida, o Morro dos Cavalos. Em abril, o trecho ficou mais de 50 horas fechado por conta da queda de barreiras, segundo o Setram (Sindicato das Empresas de Logística e Transporte de Cargas da Região da Amurel).
“Os problemas de mobilidade afetam 2,2 mil empresas de transporte rodoviário de cargas na região da Amurel. Todas utilizam a BR-101, sendo que a grande maioria faz o trajeto em direção ao Paraná”, pontua o órgão.
“A frota da região é de 6.890 caminhões. Se esses caminhões ficarem apenas uma hora parados no trânsito durante um único dia, o gasto extra chega a R$ 1 milhão (R$ 150 por hora)”, calcula o Setram.
Prejuízos
“Circular pelas rodovias é nossa atividade, mas também nosso desafio diário. O setor é diretamente prejudicado pela saturação da malha catarinense e consequentes congestionamentos. O transportador não consegue repassar os custos ao cliente e acaba amargando prejuízos”, diz o presidente do Setram, Norberto Koch Mendes.