Hoje, a Quarta-Feira de Cinzas dá inicio à Quaresma, período que antecede a Páscoa. Também a partir de hoje tem início a Campanha da Fraternidade, que neste ano será ecumênica e tem como tema “Fraternidade e Diálogo, um compromisso de amor”.
“A quaresma, para nós, católicos, é um tempo especial em que nos preparamos para a festa da Páscoa, que é a mais importante no mundo cristão, é o fundamento da fé cristã. Representa a vitória de Jesus, sua ressurreição. Por ser uma festa tão preciosa, tão sagrada para nós, iniciamos a preparação espiritual desta festa 40 dias antes”, explica o padre Eduardo Rocha, pároco da Catedral Diocesana de Tubarão.
Padre Eduardo explica que é na quaresma que o cristão se prepara a partir de três experiências que são muito fortes. “Intensificamos nossa oração, nossa caridade e nosso jejum. Estas três experiências humanas e espirituais também têm finalidades muito preciosas que nos ajudam a celebrar a Páscoa”, ensina. “E é a Quarta-feira de Cinzas que nos leva a meditar sobre a fragilidade da vida humana, a necessidade da presença de Deus e, ainda, a penitência sobre nossos pecados. Este é o significado das cinzas que impomos nos fiéis e em nós, padres”, completa.
A Quaresma tem início hoje, na Quarta-Feira de Cinzas, e vai até o Domingo de Ramos, que é quando tem início a Semana Santa. “É o momento que nós meditamos todos os dias a vida de Jesus, suas últimas atitudes, suas últimas vivências, e procuramos nos aproximar Dele, seja na dor ou na alegria da ressurreição”, diz o padre.
Hoje, a Catedral realiza missas das Cinzas às 6h30, 16h30 e 19h30. Nas comunidades de Santa Luzia e Mato Alto, as missas são às 18h45. Na Madre e Congonhas, às 19h30, e em Santa Rita e Santo Antônio, às 20h.
Campanha será ecumênica
Neste ano, como ocorre a cada cinco anos, a Campanha da Fraternidade será ecumênica. “A igreja católica e outras igrejas cristãs e evangélicas também viverão a campanha, que tem como tema ‘Fraternidade e Diálogo, um compromisso de amor’, e o lema, ‘Cristo é a nossa paz. Do que era dividido fez uma unidade’”, conta o padre Eduardo. “As igrejas, atentas a tudo o que estamos vivendo, principalmente no Brasil, perceberam a necessidade de falar sobre o diálogo como um compromisso. Sabemos que neste momento há tanta divisão, o Brasil está excessivamente polarizado na política, na ciência, nas igrejas; há muitas divisões, rivalidade, discursos de ódio, principalmente na internet, então a Igreja convida todos ao diálogo e ao início de um processo sincero de escuta e caminhada em conjunto”, conclui o pároco.