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Presença feminina na Química ainda é desafio

Professora Francielen Kuball destaca avanços, obstáculos e papel da inclusão

30/06/2025 06:00|Atualizada em 01/07/2025 01:09|Por Redação

A Química é uma ciência fundamental para a inovação tecnológica e o desenvolvimento de soluções em áreas estratégicas como saúde, energia e meio ambiente. No entanto, mesmo com os avanços dos últimos anos, a presença feminina no setor ainda enfrenta obstáculos históricos.

Em alusão ao Dia do Profissional de Química, celebrado em junho, a professora Francielen Kuball Silva, do curso de Química da UniSul, compartilha reflexões sobre os principais desafios, conquistas e perspectivas das mulheres na área, desde o ambiente acadêmico até o mercado de trabalho.

“Apesar do crescimento, a presença feminina ainda é marcada pela luta contra a sub-representação, os estereótipos de gênero, o desafio de equilibrar vida profissional e pessoal e a busca constante por reconhecimento”, afirma Francielen. Ela ressalta que, muitas vezes, alunas não se veem como protagonistas nas áreas científicas, enquanto no mercado de trabalho enfrentam dificuldades para acessar cargos de liderança, além da disparidade salarial e da baixa visibilidade de cientistas mulheres.

A professora cita que políticas afirmativas e ações educativas têm ampliado o espaço feminino na Química. Um exemplo é o I Evento Mulheres e Meninas na Ciência, realizado em maio de 2025 na UniSul, campus Tubarão, por meio do projeto de extensão da Olimpíada Catarinense de Química (OCQ).

“Das 77 pessoas inscritas, 56 eram meninas, que relataram sentir pertencimento ao ambiente científico, um passo essencial para sua permanência e crescimento na área”, destaca.

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Ambiente inclusivo  

Para Francielen, ainda há um caminho importante a ser percorrido. “É necessário transformar estruturas, repensar currículos, investir em representatividade e criar políticas institucionais que promovam oportunidades reais de inserção e permanência das mulheres em todas as etapas da carreira científica.”

Segundo ela, o engajamento das jovens demonstra que há uma nova geração pronta para ocupar esses espaços. “À medida que mais mulheres alcançam posições de destaque, elas se tornam modelos e mentoras, criando um ciclo virtuoso de inspiração e capacitação. A Química, com sua natureza interdisciplinar, oferece um campo vasto para essa atuação.”

Por fim, a professora defende que um ambiente mais justo e inclusivo depende de ações concretas em universidades, empresas e centros de pesquisa. 

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