Caso ocorreu ano passado, na gestão anterior, e envolveu empresários e servidor
Entrega era muito menor do que o pagamento
As investigações em Imbituba encontraram uma quantidade de entrega de saibro durante os meses de julho, agosto, setembro e início de outubro de 2024, superior em 100% ao que tinha sido adquirido em todo o ano anterior (2023/2024), e em 50% de toda a aquisição do ano de 2022/2023.
Segundo a polícia, apurou-se que a empresa vencedora do certame entregava em média três cargas para cada 10 que faturava e recebia dos cofres públicos. “Ocorreram ainda cargas de saibro desviadas para endereços particulares e empresas nas cidades de Imbituba, Imaruí e Garopaba, tendo ainda ocorrido desvios para obras públicas no município de Imaruí. Outro ponto que chamou a atenção dos investigadores foi a execução da licitação, quase que em sua totalidade nos três meses iniciais do contrato, que coincidiu com o período eleitoral”, pontua.
“Diante da gravidade dos fatos, a Polícia Civil representou pela prisão preventiva dos proprietários da empresa contratada e por busca e apreensão nas residências de todos os envolvidos, empresários e funcionários públicos, sendo todos os pedidos acatados pelo Poder Judiciário, após manifestação favorável do Ministério Público”, explica a PCSC.
Além disso, determinou-se o bloqueio de valores em até R$ 1.050 milhão, valor aproximado dos desvios apurados nesta investigação até este momento, e o afastamento de um funcionário público, responsável pela fiscalização e que autorizou o pagamento de toda a quantidade de saibro desviada no período.
Operação
O nome da operação é uma alusão à enorme quantidade de saibro supostamente entregue, o que geraria um verdadeiro castelo de barro, fruto dos 1.840 caminhões de barro supostamente entregues, que daria um total de 22.080 metros cúbicos deste material.