Doença é multifatorial e não tem cura, mas tratamento adequado é fundamental
A modelo brasileira Carol Ribeiro revelou recentemente, por meio das redes sociais e entrevistas, que foi diagnosticada com esclerose múltipla (EM). A doença neurológica, de origem autoimune, atinge o sistema nervoso central e pode afetar a visão, o equilíbrio, os músculos e a qualidade de vida do paciente.
Nesta sexta-feira é celebrado Dia Mundial da Esclerose Múltipla, evento global que tem o objetivo de reconhecer o impacto econômico, social e cultural ocasionado pela doença e, posteriormente, trabalhar pela aceitação, apoio e inclusão dos pacientes.
Segundo o neurologista Nelson Ubaldo Filho, de Tubarão, a esclerose múltipla é uma condição crônica caracterizada por períodos de crises e remissões. Ela ocorre quando o sistema imunológico ataca a mielina - substância que reveste os neurônios -, prejudicando a comunicação entre o cérebro e o corpo.
Entre os sintomas mais comuns estão formigamento, fraqueza muscular, visão dupla (diplopia), dificuldades para caminhar, fadiga, cãibras, dores de cabeça, alterações da fala e até problemas de memória e emocionais. “São sinais variados, o que pode dificultar o diagnóstico inicial”, explica o médico.
Para confirmar o diagnóstico, são necessários exames como ressonância magnética e punção lombar.
O neurologista alerta: alterações na visão, sensibilidade ou movimentos que persistem por vários dias devem ser avaliadas por um especialista. Embora a causa da EM seja multifatorial, fatores como predisposição genética, deficiência de vitamina D, infecções na infância e obesidade infantil podem aumentar o risco.
Tratamento
O tratamento busca controlar a progressão da doença e pode incluir medicamentos orais, injetáveis ou infusões. “A esclerose múltipla não tem cura, mas o acompanhamento médico e tratamento adequado ajudam o paciente a ter uma qualidade de vida”, reforça Nelson Ubaldo.