Aos 93 anos, ela deixa legado de dedicação à família e à comunidade
Faleceu, aos 93 anos, Maria Verônica Berkenbrock Feuser, irmã da beata Albertina Berkenbrock e mãe do padre Vilmar Feuser, pároco da Paróquia São Pedro Apóstolo, em Armazém. Maria Verônica estava internada no Hospital São José, em São Martinho.
Nascida em 29 de setembro de 1931, em Vargem do Cedro, pouco mais de três meses após o falecimento da irmã Albertina, Maria Verônica construiu ao longo da vida uma trajetória marcada pela dedicação à família e à comunidade local. Filha de agricultores, ela se destacou por seu compromisso com os valores familiares e comunitários.
História de Albertina
A história de sua irmã, Albertina Berkenbrock, ainda é lembrada com grande reverência. Albertina foi morta aos 12 anos, na comunidade rural de São Luiz, enquanto tentava impedir um ataque de um empregado da família.
A menina resistiu a uma tentativa de estupro e foi degolada por um punhal.
Reconhecida como mártir pela Igreja Católica, Albertina foi beatificada pelo Vaticano em outubro de 2007, em cerimônia que reuniu mais de 10 mil pessoas em Tubarão.
Para a beatificação de Albertina não foi necessário comprovar um primeiro milagre, pois sua morte foi considerada um ato de martírio, entendido pela Igreja como alguém que derrama o próprio sangue em defesa de um valor do Evangelho, neste caso, a castidade. Segundo o Vaticano, para que uma graça seja reconhecida como milagre, ela deve ser preternatural, instantânea, duradoura e perfeita.
A morte de Maria Verônica marca o encerramento de um ciclo familiar ligado à história da beata Albertina, mantendo viva a memória de fé, coragem e dedicação que inspirou gerações.