As cólicas menstruais, muitas vezes consideradas “normais”, podem ser o primeiro sinal de alerta sobre uma patologia que pode chegar a ser devastadora na vida de muitas mulheres: a endometriose. Para esclarecer a população sobre as manifestações, sintomas, tratamentos e encaminhamentos da doença, o Complexo Médico realizará, a partir de amanhã, às 20h, lives sobre o tema.
Nos eventos, o cirurgião ginecológico da Provida, Leandro Gugel, receberá especialistas que formarão uma equipe multidisciplinar para debater sobre o assunto. Segundo o médico, a doença acomete de 10% a 15% da população feminina e ganha destaque neste mês que lembra o Março Amarelo.
“Com números tão expressivos como esses, é preciso divulgar, conscientizar e esclarecer sobre as consequências do não diagnóstico e de tratamento precoce, com posterior segmento destas pacientes. Neste mês, nós nos dedicaremos a falar sobre endometriose e seus sintomas, como diagnosticar, quais e as possíveis opções de tratamentos”, destaca o cirurgião ginecológico.
O médico explica que a endometriose é o tecido que reveste internamente o útero, chamado de endométrio. Este tecido cresce fora da cavidade uterina, sendo seu desenvolvimento mais frequente na pelve. Porém, as lesões podem surgir em outros órgãos ou em estruturas distantes, como no pulmão, no diafragma (músculo respiratório), nos nervos (ciáticos) e etc.
“A doença em pacientes na idade reprodutiva pode causar infertilidade em até 40% dos casos, pode estar associada à dor pélvica cíclica, dor no período menstrual, dor na relação sexual ou, após, dor urinaria ou evacuatória, com piora no período menstrual e também pode ser comum ocorrer dores lombares com irradiação para os membros inferiores”, explica o cirurgião.
A indicação do médico é que as mulheres que apresentarem estes sintomas de dor menstrual, dor na relação sexual, infertilidade, alterações gastrointestinal ou urinárias, no período menstrual, devem consultar um ginecologista para a correta avaliação.
Caso deve passar por análise
O tratamento para endometriose é individualizado, conforme o objetivo do paciente, seja ele ter uma gestação e/ou controlar a dor crônica, com uso de hormônios, analgésicos e anti-inflamatórios, suportes nutricionais, fisioterapias, atividades físicas e acupunturas.
Caso cirúrgico pode ser indicado na falha no tratamento clínico, no comprometimento de órgãos nobres ou em casos de infertilidade. É importante lembrar que a endometriose é um distúrbio do sistema reprodutor. Ela pode aparecer na idade fértil feminina e desaparecer naturalmente após a menopausa.