Eles foram nomeados após o concurso público realizado em 2018
Uma decisão judicial recente determinou o afastamento imediato de seis servidores públicos no município de Sangão. Eles foram nomeados após o concurso público realizado em 2018, cuja lisura está sendo questionada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), que aponta indícios de fraude no processo seletivo.
De acordo com a investigação do MPSC, há uma ação civil pública em andamento que busca anular duas licitações promovidas em 2018 - uma referente à Administração Central e outra ao Instituto de Meio Ambiente (Imasa). A apuração revelou evidências de que o então prefeito, Dalmir Carara Cândido, teria tido acesso a folhas de respostas em branco, assinadas por candidatos antes da data oficial da prova. Esses mesmos candidatos foram posteriormente aprovados e contratados.
A juíza Gabriella Matarelli Calijorne Daimond Gomes, da 2ª Vara Cível de Jaguaruna, acatou o pedido liminar do MPSC, destacando que há "provas documentais" que sugerem de forma contundente a prática de irregularidades que comprometem a legitimidade do concurso. A decisão foi mantida pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), que negou o recurso apresentado pelos servidores afastados. Segundo o TJSC, há clara “conivência para aprovação de alguns candidatos”.
Paralelamente à ação civil, o ex-prefeito também responde a um processo por improbidade administrativa e enfrenta uma ação criminal relacionada à suposta fraude no certame.