O julgamento do processo de impeachment do governador Carlos Moisés (PSL) está marcado para esta sexta-feira, às 9h, quando será decidido sobre como será a condução do Estado a partir da próxima semana. O tribunal de julgamento que vai decidir o caso é formado por cinco desembargadores e cinco deputados estaduais. São necessários ao menos sete votos para aprovar o impeachment do caso dos respiradores.
Até o fim da tarde dessa quinta-feira, os bastidores da política catarinense seguia movimentado. Um dia antes da sessão que vai decidir se Moisés será ou não afastado do cargo definitivamente, ao menos dois pedidos para adiar a sessão já tinham sido apresentados.
Um dos pedidos de adiamento partiu do deputado estadual Laércio Schuster (PSB), que acionou o Supremo Tribunal Federal (STF). O argumento é de que seria necessário mais tempo para produzir provas e ouvir pessoas envolvidas.
O deputado estadual Ivan Naatz (PL), que não integra o tribunal misto, também apresentou pedido de adiamento ao Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC). Nesse caso, a defesa sustenta também que seria necessário aguardar manifestação do Ministério Público sobre o caso, onde uma sessão teve pedido de vista nesta semana.
Intenção é manter os votos favoráveis
A defesa de Moisés tem a intenção de pelo menos manter os votos favoráveis que teve de quatro deputados estaduais. Se os dez membros do tribunal de julgamento mantiverem os posicionamentos da primeira sessão, o placar não seria suficiente para aprovar o impeachment – desta vez são necessários sete votos para decretar o impedimento, e não seis, como na aceitação da denúncia.