Sexta-feira, 05 de dezembro de 2025
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Interação entre os estudantes melhora sem o celular na escola

Desde fevereiro, professores e alunos tiveram que se adaptar à nova legislação

16/05/2025 06:00|Atualizada em 16/05/2025 12:15|Por Tatiana Dornelles / [email protected]

A mudança do uso de celulares nas escolas tem gerado mudanças significativas no comportamento dos estudantes e na dinâmica escolar. Desde fevereiro, quando iniciou o ano letivo, professores e alunos tiveram que se adaptar à nova legislação.

De acordo com a diretora da EEB Doutor Otto Feuerschuette, em Capivari de Baixo, Silvia Maria Triches Savi Cittadin, os impactos positivos já são visíveis, tanto no desempenho acadêmico quanto na convivência entre os alunos.  

Antes da proibição, conta ela, o uso constante do celular em sala de aula causava sérias distrações. “Os alunos se distraíam com facilidade, tinham dificuldade de manter a atenção nas aulas e isso comprometia o aprendizado e o desempenho escolar”, explica Silvia.

Desde que os aparelhos foram vetados, de acordo com a lei federal nº 15.100/2025, o ambiente escolar tornou-se mais interativo e saudável. Os estudantes passaram a conversar mais, a frequentar a biblioteca, jogar bola e participar de brincadeiras nos intervalos. “Muitos começaram a procurar livros como alternativa ao celular, buscando algo para se ocupar nos horários livres. Com isso, a frequência na biblioteca aumentou bastante”, avalia Silvia.

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Além da leitura, os momentos de recreio são marcados por jogos como baralho, Uno e vôlei, incentivando a convivência e o desenvolvimento de habilidades sociais. 

Segundo a diretora, o reflexo é notado, principalmente, dentro da sala de aula. Os professores relatam um aumento na atenção, no foco e na participação dos alunos durante as aulas. “Os comentários mais comuns são sobre o maior interesse pelo conteúdo e pela interação com os colegas e professores”, afirma.

Professores também precisaram se adaptar

Para manter o engajamento dos estudantes, os educadores também vêm se adaptando e adotando novas estratégias pedagógicas. A proibição do uso do celular, ressalta a diretora Silvia, tornou-se uma oportunidade para repensar metodologias e estimular outras formas de aprendizagem.

A produção de vídeos escolares para redes sociais, principalmente das turmas de terceirão - a escola é somente de ensino médio -, também ganhou uma nova abordagem. “Os vídeos das turmas e da escola são feitos sob a supervisão de um funcionário, geralmente o professor orientador de informática, que acompanha todo o processo, garantindo que o uso da tecnologia seja educativo e bem direcionado”, explica a diretora.

A mudança, segundo Silvia, trouxe benefícios não apenas para o desempenho acadêmico, mas também para o clima escolar como um todo. “O ambiente escolar está com menos distrações digitais e mais integração, leitura e aprendizado”, acrescenta a diretora.

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