Sexta-feira, 05 de dezembro de 2025
Fechar [x]

Estado tem maior média de união estável no país

Município da região, Rio Fortuna tem 68,7% dos moradores em união estável

06/11/2025 06:00|Por Redação

Santa Catarina é o estado brasileiro com a maior proporção de pessoas vivendo em união conjugal. De acordo com o Censo 2022, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 58,3% da população catarinense vive com um parceiro ou parceira. O índice supera em 7,1 pontos percentuais a média nacional, que é de 51,3%.

Entre os municípios catarinenses, Rio Fortuna se destaca: 68,7% dos moradores vivem em uniões consensuais, o quarto maior percentual do estado.

Os dados do IBGE também mostram que 25,6% dos catarinenses – o equivalente a 1,7 milhão de pessoas – nunca viveram em união conjugal. O número é o segundo menor do país, ficando atrás apenas do Rio Grande do Sul (25,3%). No Brasil, a média desse grupo é de 30,1%, e o Amapá aparece com a maior proporção de pessoas solteiras, 34,6%.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Pela primeira vez, o país registrou maioria de uniões consensuais em relação aos casamentos formais. Em 2022, 38,9% das uniões conjugais eram consensuais, sem registro civil ou religioso – casos que incluem, por exemplo, as uniões estáveis. Esse percentual vem crescendo de forma constante: era de 28,6% no ano 2000 e chegou a 36,4% em 2010.

Queda   

Enquanto isso, os casamentos formalizados no civil e no religioso continuam em queda. Em 2000, representavam 49,4% das uniões no país; em 2022, passaram a 37,9%. No Censo de 1970, essa fatia era de 64,5%.

Os casamentos apenas religiosos também diminuíram, de 4,4% para 2,6%, enquanto os apenas civis subiram de 17,5% para 20,5%. Um olhar mais distante revela uma transformação ainda maior: em 1960, 60,5% das uniões eram formais, com registro civil e religioso, e apenas 6,4% ocorriam de forma consensual.

Perfil dos casais e a mudança de comportamento

O levantamento do IBGE mostra que as uniões consensuais superam o casamento civil e religioso em grupos de pessoas com até 39 anos. No grupo de 20 a 29 anos, as uniões consensuais estão em 24,8% dos lares com cônjuges. Já os casamentos civis e religiosos são 5,8%.

No grupo de 30 a 39 anos, a proporção é 28,5% de uniões consensuais e 17,8% de casamentos civil e religiosos. Já na faixa de 50 a 59 anos, 22,1% das uniões são casamentos civis e religiosos, e as consensuais somam 13%.

Quando se observa o rendimento per capita (por pessoa) dos cônjuges, os casos de união consensual superam todas as demais formas de casamento entre os que recebiam até um salário mínimo. Na classificação por religião, as uniões consensuais são mais da metade (62,5%) dos casais sem religião. Entre os católicos, são 40,9%; e entre os evangélicos, 28,7%.

De acordo com a pesquisadora do IBGE Luciane Barros Longo, o crescimento de uniões consensuais mostra uma mudança comportamental no país. “A gente pode afirmar que a união consensual é ainda um fenômeno mais jovem, está mais relacionada às pessoas de menor renda”, avalia a pesquisadora.

 

Quer receber notícias de Tubarão e região? Clique aqui.
Diário do Sul
Demand Tecnologia

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a nossa Política de Privacidade. FECHAR