A ação exigiu a interdição da Rua Etienne Stawiarski, localizada às margens do Rio Tubarão
As Esculturas do Paredão, em Orleans, estão recebendo a segunda fase do processo de limpeza. A ação exigiu a interdição da Rua Etienne Stawiarski, localizada às margens do Rio Tubarão.
A iniciativa é conduzida pelo Centro Universitário Barriga Verde (Unibave), com apoio da prefeitura. Equipes do Museu ao Ar Livre Princesa Isabel atuam na remoção da vegetação seca das esculturas, em áreas de difícil acesso, enquanto o Departamento de Infraestrutura cuida da poda de árvores nas extremidades e da limpeza da via.
De acordo com a diretora do Museu, Valdirene Böger Dorigon, no mês passado foi aplicado um produto inibidor da vegetação e agora a equipe retira o que já secou, realizando uma limpeza mais minuciosa e detalhada.
O conservador Idemar Ghizzo explica que a etapa de secagem é fundamental para evitar danos às esculturas. Ele afirma que remover a vegetação sem que ela esteja seca pode comprometer a superfície do relevo, já que as raízes se fixam nas microfissuras da rocha.
As esculturas, localizadas a mais de 20 metros de altura, são mantidas pelo Unibave em parceria com a prefeitura. O trabalho de conservação é realizado todos os anos.
A ideia de esculpir o paredão surgiu em 1977, e os trabalhos começaram em 1980, sob a supervisão do padre João Leonir Dall’Alba, fundador da Febave, mantenedora do Unibave. O artista Zé Diabo foi o responsável pelas criações.
Os painéis, que variam de 3 a 10 metros quadrados, retratam cenas bíblicas como a Primeira Missa no Brasil, a Criação do Homem e a Anunciação de Cristo. A visitação ao espaço é gratuita.