Sexta-feira, 05 de dezembro de 2025
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Dança como força para superar o câncer

Helena Cardozo, de 19 anos, encontrou na arte o apoio necessário para enfrentar e vencer o maior desafio da sua vida

11/09/2025 06:00|Atualizada em 12/09/2025 02:25|Por Micheline Zim - [email protected]

A dança sempre foi parte da vida de Helena Uliano Cardozo, 19 anos, moradora de Tubarão. Desde os três anos de idade, quando pediu aos pais para iniciar no balé, ela encontrou na arte sua maior paixão e, mais recentemente, sua principal força para enfrentar o maior desafio da vida: um câncer no braço diagnosticado em outubro de 2024.

“Eu sempre falo que a dança foi o primeiro amor da minha vida. Todo mundo que me conhece, conhece a versão bailarina da Helena”, conta.

Depois de um período afastada, Helena havia retomado as aulas no ano passado quando recebeu a notícia da doença. O impacto foi imediato. “Foi um baque, porque tinha acabado de voltar a fazer o que mais amava. Não saber se eu ia poder voltar a dançar foi desesperador”, relembra.

Vieram meses de tratamento, incluindo quimioterapia, internações, radioterapia e cirurgia. Entre as dificuldades, a jovem destaca a queda do cabelo e a perda parcial dos movimentos do punho e da mão. “Eu não me reconhecia, chorava muito. Foi doloroso demais”, afirma.

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Ainda assim, Helena nunca deixou a dança de lado. Mesmo em meio à fragilidade física, buscava participar de alongamentos e aulas. “A dança sempre esteve presente e foi minha maior força. Em muitos momentos eu não conseguia ficar em pé, mas tentava, porque era o que me fazia sentir viva”, relata.

Renascimento   

Para Helena, a luta contra o câncer é também uma forma de renascimento. “O diagnóstico chega sem pedir licença, é invasivo e doloroso. Mas hoje consigo olhar no espelho e enxergar a Helena mais forte que conheço”, diz emocionada.

Mesmo com os desafios que ainda tem pela frente, ela segue confiante. “A palavra ‘câncer’ assusta, mas foi ela que me fez perceber a vida com outros olhos e sentir o privilégio de simplesmente estar viva”, completa.

De aluna a professora apaixonada

Durante dois anos, a aluna aplicada passou a ser professora na Escola Ana Olímpio. E lá nasceu um novo amor: ensinar. Hoje, com o tumor reduzido e em fase de recuperação, a bailarina Helena direciona seu futuro para novos objetivos. “Quero voltar a dar aulas, iniciar a faculdade e transformar vidas por meio da dança. É isso que está no meu coração”, revela.

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Arte, que começou como paixão na infância de Helena Uliano Cardozo, de 19 anos, virou também apoio na luta contra o câncer
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