Sexta-feira, 05 de dezembro de 2025
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Consciência Negra é tema de atividades em escolas

Alunos de Gravatal viram na prática o que leem nos livros de história

17/11/2025 06:00|Atualizada em 18/11/2025 01:18|Por Redação

As escolas de Gravatal intensificaram as atividades pedagógicas voltadas ao reconhecimento e à valorização da cultura afro-brasileira por conta da Semana da Consciência Negra, que inicia hoje. 

A data reforça a importância da igualdade racial; por isso, foram desenvolvidas ações que integram o trabalho contínuo sobre identidade, história e respeito à diversidade, além de vivências gastronômicas, artísticas e culturais com crianças de diferentes faixas etárias.

Na Escola Naíde Guedert Teixeira, uma atividade especial dedicada à culinária afro-brasileira apresentou a feijoada às crianças de quatro a seis anos. Durante a refeição, degustaram a iguaria e relacionaram a experiência aos conteúdos estudados sobre a história e a cultura africana e afro-brasileira.

A diretora Dorly Spíndola Laureth Zanelato explica que os estudos são desenvolvidos ao longo de todo o ano letivo, mas ganham maior ênfase no mês da Consciência Negra. Além da vivência gastronômica, os alunos confeccionaram bonecas Abayomi — feitas com nós e retalhos coloridos, símbolos de resistência e afeto — e participaram de brincadeiras, rodas de dança e atividades como a capoeira.

“Durante a socialização da feijoada, foi possível perceber a emoção das crianças ao compreenderem a identidade, a história e o valor da cultura afro-brasileira. Agora, o conhecimento se transforma em consciência contra o preconceito, o bullying e o racismo”, afirmou.

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De volta às raízes no Quilombo da Taboa

Outra ação de destaque envolveu os alunos dos 3º e 4º anos das escolas Geraldina Maria Tavares e David Fileti, que realizaram uma viagem de estudos à Comunidade Remanescente de Quilombo da Taboa, no bairro Ilhotinha, em Capivari de Baixo. A visita integrou os conteúdos de Artes e proporcionou aos estudantes contato direto com tradições, histórias e modos de vida quilombolas.

A recepção foi conduzida pelo senhor Carlos, conhecido como Tinho, que compartilhou relatos sobre a memória da comunidade, seu patrimônio cultural e a importância da resistência ao longo das gerações. Os estudantes observaram objetos artesanais, conheceram antigos engenhos de farinha e aprenderam sobre aspectos da vida cotidiana quilombola.

“A visita aproximou os alunos das manifestações artísticas afro-brasileiras e permitiu que conversassem com alguém que vive essa realidade. O que mais chamou a atenção foram as histórias contadas por Tinho, os objetos expostos e tudo o que ele explicou sobre resistência e ancestralidade. Essa vivência foi muito importante para o Dia da Consciência Negra, por valorizar a herança africana e fortalecer o respeito à história e à luta do povo quilombola”, destacou, emocionada, a professora Jullia da Rosa Zapelini.

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