Interpol inclui nome da deputada na mesma listagem onde tem Silvana Seidler
A inclusão do nome da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) na lista de Difusão Vermelha da Interpol elevou para pelo menos sete o número de mulheres brasileiras procuradas internacionalmente pela organização. Elas têm entre 28 e 75 anos e respondem por crimes como tráfico internacional de drogas, assassinato e tortura.
Entre as procuradas está Silvana Seidler, natural de Tubarão (SC), que figura na lista por um crime de grande comoção: o assassinato da própria filha, ocorrido há cerca de uma década. Silvana foi indiciada por homicídio qualificado e é apontada como responsável pela morte por esganadura. Além disso, teria ocultado o corpo da vítima, o que configura meio cruel, agravando ainda mais as acusações. Sua presença na lista da Interpol chama atenção especial em Santa Catarina e reforça o alcance internacional das investigações envolvendo crimes graves praticados por brasileiros.
O número total de pessoas incluídas na Difusão Vermelha pode ser maior do que o divulgado publicamente no site da Interpol. Por razões estratégicas e de inteligência policial, algumas identidades permanecem restritas às autoridades — o que deve ser o caso de Carla Zambelli.
A solicitação para inclusão da parlamentar na lista partiu do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e foi acatada pela Interpol. Com isso, os dados de Carla Zambelli passam a estar disponíveis para as polícias dos 196 países membros da organização.
Condenação
Condenada pelo Supremo Tribunal Federal a 10 anos de prisão por envolvimento na invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a deputada afirmou ter deixado o país. Na última quarta-feira, teve a prisão preventiva decretada.