Um levantamento realizado pelo Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG) apontou que o município de Capivari é o maior emissor de gás carbônico do Brasil por área: emite 85.633 toneladas de CO² por km².
O estudo ocorreu em todos os 5.570 municípios brasileiros, num período de 2000 a 2018, levando em consideração todo o tipo de emissão humana desses gases – em setores de energia, transporte, indústria, agropecuária, tratamento de resíduos e mudanças de uso da terra e florestas.
Segundo o levantamento, em Capivari de Baixo temos um conjunto de termelétricas a carvão, o complexo Jorge Lacerda, que é responsável pela maior parte da produção de CO² no município.
Em relação às emissões de CO² no Complexo Jorge Lacerda, a Engie Brasil Energia afirma que prioriza a operação das unidades mais eficientes, o que faz com que haja mais geração de energia com a mesma quantidade de combustível e, por consequência, emissão de uma menor quantidade de CO² por megawatt gerado.
“Na usina de Capivari de Baixo, uma iniciativa que contribui para a redução das emissões de CO² em sua cadeia produtiva é o uso das cinzas na indústria de cimento. Fazendo o reaproveitamento do uso das cinzas, a indústria do cimento minimiza o uso de calcário para a produção do clínquer, entrando a cinza em cerca de 30% na composição do cimento, o que significa que, para cada tonelada de cinza utilizada, é evitada a emissão de 800 quilos de CO². Assim, como resultado do consumo de cinzas por parte das cimenteiras, são evitadas emissões em cerca de 600 mil toneladas de CO² por ano”, explica.
Além das ações que envolvem questões climáticas e contribuem para minimizar os efeitos das mudanças climáticas, a Engie afirma que também desenvolve ações específicas para as questões socioambientais no Complexo Termelétrica Jorge Lacerda. “Desde 2004, a Usina conta com um Sistema Integrado de Gestão Sócioambiental, referente à qualidade, meio ambiente e saúde e segurança, o que exige uma performance ambiental que ultrapassa a legislação vigente e visa a uma melhoria constante em seus processos”, ressalta.
Município fará análise
O prefeito de Capivari de Baixo, Vicente Corrêa Costa, diz que ainda não teve acesso a este levantamento, mas irá fazer, junto de sua equipe, uma análise criteriosa sobre estes resulatdos e sobre sua causa/efeito. “Vamos verificar de que forma isso pode afetar diretamente o meio ambiente e nossa população e trabalhar para minimizar os impactos, caso ocorram. Também vamos atuar junto à Engie para que, em conjunto, possamos minimizar a emissão e os impactos. Não podemos deixar que isso afete de forma alguma a saúde e o meio ambiente, e vamos trabalhar certamente a respeito disso, após verificarmos este levantamento em detalhes”, afirma.
“Efeitos são globais, e não locais”, diz Engie
A Engie Brasil Energia considera importante destacar que o levantamento do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa leva em consideração as emissões de CO² por área (km²), e não as emissões totais. “Portanto, é preciso contextualizar o tamanho da cidade com a questão das emissões. O município de Capivari de Baixo, dentre os 5.570 municípios brasileiros, está em 5.483 lugar quanto ao tamanho, ou seja, é um município de área reduzida, só existem no Brasil 87 municípios menores que Capivari”, pontua a empresa.
A Companhia entende que o trabalho desenvolvido pelo Inpe é muito importante para os governos e empresas busquem o equacionamento para os impactos das mudanças climáticas, atuando preventivamente ou corretivamente e subsidiando o Brasil para atingir as metas estabelecidas no Acordo de Paris.
“Em mais de 20 anos de atuação no país, a Engie Brasil Energia sempre agiu com transparência, implementando as melhores práticas de gestão ambiental e, anualmente, publica os dados sobre as emissões de CO² e todas as iniciativas que desenvolve para compensá-las. A Companhia, no entanto, não utiliza o parâmetro de emissões por área (km²), por não fazer sentido no caso de emissões gasosas que se dispersam na atmosfera, sem fronteiras físicas, já que seus efeitos são globais, e não locais”, explica.
