Baixa demanda de passageiros no terminal é um dos motivos alegados
Com o anúncio da Azul Linhas Aéreas sobre a suspensão de voos no Aeroporto Regional Sul Humberto Ghizzo Bortoluzzi, em Jaguaruna, a secretaria de Portos, Aeroportos e Ferrovias de Santa Catarina emitiu uma nota oficial lamentando a decisão da empresa.
A justificativa da Azul é a baixa demanda de passageiros no terminal. Atualmente, um voo por dia da Azul sai de Jaguaruna. Cada voo parte de Santa Catarina às 11h e pousa em Campinas (SP) às 12h50. As operações da companhia seguem até o dia 10 de março em Jaguaruna. Ainda segundo a empresa, os clientes afetados pela suspensão receberão assistência necessária.
Outros aeroportos
O anúncio foi feito na última semana e se soma à suspensão das operações no Aeroporto Regional da Serra Catarinense, em Correia Pinto. Além disso, houve suspensão em outras 11 cidades do Brasil. No dia 10 de janeiro, em reunião com a Azul, o governador Jorginho Mello (PL) tentou evitar a suspensão em Correia Pinto, mas sem sucesso.
“A Azul informa que, como empresa competitiva, reavalia constantemente as operações em suas bases, assim como as possibilidades e necessidades de mercado, como parte de um processo normal de ajuste de oferta à demanda”, declarou em nota a Azul.
Conforme divulgado pela empresa, a decisão faz parte de um contexto econômico nacional e internacional (alta do dólar, falta de aeronaves e taxas de ocupação-rentabilidade), que inclui a suspensão em mais de 20 destinos do país e não tem nenhuma relação com as condições dos aeroportos.
Conversações
Apesar da secretaria não ter nenhuma atuação direta sobre a regulação aérea no Brasil, que é de competência dos órgãos federais, a Secretaria de Portos, Aeroportos e Ferrovias (Spaf) tem mantido conversações com a Azul e com as empresas Gol e Latam para que possam assumir as rotas que estão sendo suspensas. “O governador Jorginho Mello tem se envolvido pessoalmente nestas discussões e na busca por soluções e alternativas para que tais regiões não fiquem sem estas conexões”, diz a nota do governo de Santa Catarina.