Dom Adilson Busin, da paróquia de Tubarão, falou sobre esperança e serenidade
“Creio que a esperança dele é a mesma que existia no coração do Papa Francisco. A dele ser um promotor e um construtor de pontes para a paz e para a unidade do mundo, com respeito mútuo entre as nações”. Assim, o bispo da paróquia de Tubarão, Adilson Pedro Busin, descreveu nessa quinta-feira ao DS sua visão quanto ao Papa Leão XIV.
O cardeal dos Estados Unidos, Robert Francis Prevost, é o novo papa e escolheu o nome de Leão XIV para liderar a Igreja Católica. A escolha do conclave foi anunciada nessa quinta-feira.
Dom Adilson conta que o atual papa era prefeito do Dicastério para os Bispos, ainda como cardeal Robert Francis Prevost. “Então, eu sempre dizia que ele é meu chefe, e agora não é só o meu, mas o de toda a Igreja”, brinca.
O bispo destaca a simpatia, o sorriso e a serenidade do novo papa, que terá que ser líder em um momento turbulento na geopolítica mundial, marcado por grandes guerras. “Ele foi muito sereno em seu discurso. Isso nos tocou”, destaca. O novo papa já se posicionou contra algumas das políticas, como deportação de imigrantes.
E é precisamente sobre as primeiras palavras ditas pelo Papa Leão XIV que dom Adilson descreve como um grande sinal de paz e unidade. “Justamente, ele começou desejando que a paz esteja convosco, retomando assim o grande desejo de Francisco enquanto papa, sobre o respeito mútuo, de formar um mundo de diálogo, de fraternidade. Isso me marcou bastante neste primeiro dia”, pontua.
Unidade
Um outro ponto de vista apresentado por dom Adilson é, segundo ele, de forma subjetiva, a questão do novo papa ser cidadão norte-americano e também peruano. “Ele é um cidadão de duas pátrias, e esta é uma mensagem muito bonita também para um mundo dividido, principalmente em relação aos imigrantes”.
Não por acaso, diz dom Adilson, Robert Francis adotou o nome de Papa Leão XIV. “O Papa Leão XIII foi quem escreveu a primeira encíclica social, que já tratava, naquele tempo (ele foi papa em 1878 até 1903), sobre a classe trabalhadora”, conclui.