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Escola é espaço-chave para denúncias de violência

Educadores são preparados para acolher relatos de crianças e adolescentes

27/08/2025 06:00|Por Redação

Professores da rede municipal de Gravatal participaram de uma capacitação voltada ao tema da revelação espontânea,  situação em que crianças ou adolescentes relatam, por conta própria, episódios de violência sofrida ou presenciada. O evento foi conduzido pela assistente social Patrícia Maia.

O objetivo do encontro foi orientar os profissionais da educação sobre como agir nesses casos, assegurando a escuta adequada e os encaminhamentos previstos na legislação, como o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA – Lei 8.069/1990) e a Lei Henry Borel.

Segundo Patrícia, o ambiente escolar costuma ser um dos espaços em que os alunos mais se sentem seguros para compartilhar situações de violência. “A revelação espontânea pode ser a única chance de interromper um ciclo de agressões. Se o educador não compreender a importância da acolhida ou não souber como agir, o relato pode ser desacreditado, a criança pode ser revitimizada ou até ter sua segurança colocada em risco”, explicou.

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Formação destaca sinais de violência infantil

Durante a palestra, a assistente social Patrícia Maia alertou para erros frequentes cometidos por profissionais ao lidar com revelações espontâneas de violência. 

Entre eles estão tentar investigar por conta própria, prometer segredo ao aluno ou minimizar a fala da criança. “A escola não deve assumir a investigação. O correto é acolher, registrar e encaminhar aos órgãos competentes, como Conselho Tutelar, Ministério Público ou Delegacia”, reforçou.

Patrícia também destacou sinais que podem indicar que o estudante está prestes a compartilhar uma situação delicada: mudanças repentinas de comportamento, comentários indiretos, maior busca por aproximação com professores, ansiedade e dificuldade de concentração. “Cada revelação espontânea é um pedido de ajuda. A forma como o profissional reage pode determinar se a violência continuará ou se a criança terá, de fato, acesso à proteção”, frisou.

A secretária de Educação de Gravatal, Andréia Asmann, ressaltou a importância da formação. “Estamos capacitando os profissionais da educação para que o atendimento à criança e ao adolescente vítima ou testemunha de violência seja realizado de maneira ética, protetiva e humanizada”, afirmou.

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