Bom dia, boa tarde, boa noite, conforme a ocasião.
Já ouviu falar do “copo de Pitágoras”? Trata-se de um recipiente com um sifão interno que, quando preenchido com líquido, escoa totalmente quando a quantidade ultrapassa um determinado nível. É também conhecido como “copo democrático” e serve à metáfora para a filosofia pitagórica da moderação e do equilíbrio, onde se busca evitar o excesso em qualquer área da vida.
Imagino Pitágoras oferecendo esse copo durante um simpósio, cercado de filósofos e matemáticos, todos com suas túnicas impecavelmente dobradas. “Sirvam-se, mas com moderação”, diria ele, com um sorriso sereno. Um copo que se rebela contra a ganância, que pune a gula com a própria sede. Quase uma “metáfora líquida” da temperança, já que o copo não escoa só a quantidade de líquido que ultrapassou a medida, escoa todo o líquido ali colocado.Agora corte para o nosso tempo: shoppings que se multiplicam nas grandes cidades, vitrines que brilham como templos modernos e promoções que cantam como sereias gregas, tentando nos seduzir para as rochas do parcelamento sem fim.
Imagine, por um instante, se cada objeto comprado viesse com o mesmo mecanismo do Copo de Pitágoras: a televisão nova que se dissolve se você já tiver uma de 50 polegadas; o tênis de marca que some do armário ao detectar três pares semelhantes; o carro do ano que evapora se você o comprou só para impressionar o vizinho.
Seria o caos. Ou, quem sabe, a salvação.
O consumismo moderno é, em essência, uma recusa em reconhecer limites. A escola do marketing ensina a fazer pensar que nunca é suficiente, que sempre falta algo e você é incompleto até que compre. Mas o velho copo nos olha e diz: “a medida é tudo.” Ele não é contra o vinho, nem contra o prazer de beber. Ele é contra o mais pelo mais, contra o encher por vaidade.
O copo de Pitágoras não grita, não brilha em neon, não promete cashback, nem milhas. Ele ensina, silenciosamente, que o equilíbrio é o verdadeiro luxo. E que, ao tentar ter tudo, talvez terminemos com nada.
Um brinde (moderado) à sabedoria antiga.
Dor
Nós só vamos sentir a verdadeira dor quando quisermos falar com alguém que não está mais aqui para ouvir.
Importantes
As pessoas mais importantes são aquelas que conhecem profundamente todas as nossas fraquezas, mas vivem elogiando as nossas forças.
Depois
Depois que cansei de procurar, aprendi a encontrar. Depois que um vento me opôs resistência, aprendi a navegar com qualquer vento.
A tampa do dedão
Sabe quando a gente era criança, que chegava da escola e ia correndo pra rua brincar com os amigos? Às vezes acontecia de arrancar a tampa do dedão numa topada, num tombo, numa corrida. A dor a gente só sentia mais tarde, quando ia tomar banho e ardia o machucado. E sentia dor mais uma vez, quando tinha que passar o Merthiolate. E doía por mais um ou dois dias, até virar ferida e secar.
E sabe o que acontecia entre tantas dores?
A gente nunca deixava de ir brincar de novo...
Provida
Diretores e corpo técnico do Complexo Médico ProVida receberam clientes e a comunidade para uma concorrida solenidade na última segunda-feira, que marcou a inauguração de mais uma unidade do complexo, o novo Bloco E, onde vai funcionar um moderno centro cirúrgico. O diretor executivo do ProVida, Dr. Nei Euclides Fava, o gerente médico Dr. Alexandre Feldens e o representante dos fundadores, Dr. Geraldo Althoff, falaram aos presentes. A cerimônia contou ainda com a presença do prefeito Estêner Soratto, do secretário de Saúde, Dr. Otávio Piva, e do bispo Dom Adilson Pedro Busin.
Primas
O colunista encontrou as belas primas na inauguração do ProVida: a arquiteta Liliane Linhares, responsável pelo projeto do novo espaço e a Dra. Caroline Linhares, que lá atua.
Bienal
A nossa querida escritora Renata Dal-Bó, que a gente não cansa de elogiar aqui pelo conjunto da obra, está na Bienal do Livro do Rio de Janeiro, onde lança, dia 13, seu livro “Gota e Pingo – Aventuras em Santa Catarina”. Sucesso, querida!
Niver
Nossa leitora Marialba Fernandes, ainda recebendo felicitações pelo aniversário. Parabéns!
Frase solta, que deveria estar presa:
“Se estiver longe de suas mãos, deixe longe de sua cabeça.”