O processo de desenvolvimento humano está atrelado à base do seu conhecimento congênito e adquirido ao longo do caminho. Uma construção que só termina quando o coração desacelera. Portanto, se inicialmente for de pouca expressão, na medida que há empenho em progredir, lá na frente se tornará potencializada a assumir função no setor público, privado ou em qualquer agremiação da sociedade. Tudo no seu tempo, que pode ser no médio ou longo prazo. Infelizmente, na gestão pública as coisas empacam. As empresas estatais têm sido as protagonistas nesse campo, dando a impressão de que gerir bem nem sempre é o mais conveniente. Grande parte dos cargos são reservados a correligionários que apoiam e financiam políticos. O compadrio, a sinecura (salário gordo e pouco trabalho) o loteamento, velhas práticas admissíveis em todos os níveis de governos. Por mais que o caro leitor se indigne, pior mesmo que dentre esses, às vezes é premiado o com menor capacidade e eticamente condenável, devido ao passado.
O caminho do dinheiro
Sem essa de reclamar que o contribuinte/povo esbraveja no desembolso para abater seu IPTU, ICMS, IR etc... Escolado, enxerga os desmandos sobre o destino da sua contribuição. A política em vigor vai contra o freio imposto pela lei das estatais de 2016, que define diretrizes de governança, licitações, contratações com vistas à boa gestão e à prevenção de corrupção, e que está sendo esvaziada, fruto dos escândalos. Independentemente de ideologia, o gestor público não pode ignorar a lição básica: de que em casa de ferreiro o espeto é de ferro.
Legados de Francisco
Aos católicos e cristão do mundo inteiro, os 12 anos de papado foram poucos em comparação aos antecessores, porém muitos, se considerar as inovações ousadas, sacudindo o clero, política e sociedade. O Papa Francisco amenizou até a rivalidade futebolística com a vizinha Argentina, onde nosso escrete vem sofrendo vexames. E partindo para as ações, os ensinamentos plantados, definindo-se como um homem entre os humanos. Pôs as mãos nas feridas no banco do Vaticano, assim como nos membros do clero que denegriram a imagem da igreja. Em uma de suas preleções, em 2020: “Percebemos que estamos todos no mesmo barco, todos frágeis e desorientados, mas ao mesmo tempo importantes e necessários, todos chamados a remar juntos, todos necessitados de conforto mútuo”. Um guerreiro na defesa de temas como meio ambiente, direitos humanos e a paz, promovidos por meio da “amizade social”. Que seus legados se perpetuem descansando em paz.
Tarde de autógrafos
Nesta quinta, o amigo e escritor Leo Salgado lança mais uma obra: “Recursos Humanos – Administração Pública Direta”, na Livraria Leitura, no Rio de Janeiro. Salgado foi, em nossa época, diretor da Escola Fazendária daquele estado. Sucesso!
Refletindo
“Em 1500, os portugueses descobriram o Brasil, já habitado pelos povos indígenas, que até hoje clamam por seu espaço”. Uma ótima semana!