20 DE MAIO DE 2024
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MILTON ALVES

09/05/2024 06:00

O destino de Deka May

 Alguns amigos têm me perguntado: “Deka May pode ser candidato a prefeito ou a vice nas eleições de outubro em Tubarão?” Pode. Aliás, foi com este objetivo que ele migrou do PP para o União Brasil. Sem espaço para transformar o  sonho em realidade no Progressistas, que diante da situação indefinida do seu - ainda - maior líder, Joares Ponticelli, resolveu optar por uma guinada de 180 graus buscando fora um nome ideologicamente identificado, porém com um perfil de “político diferente”, não restou outra alternativa ao filho do inesquecível Paulinho May senão buscar espaço em outra sigla. Todavia…  

O projeto era outro

… E eu descobri isso oficialmente ontem. O projeto inicial era Deka não no União Brasil, mas sim no MDB. É verdade. No início também pensei que fosse bobagem, mas me provaram ser verdade. E sabem para quê? Dobrar uma chapa com o PL de Estêner Soratto. Dois filhos de ex-prefeitos: Soratto na cabeça, com Deka de vice. Uma manobra que teria nascido e tinha o aval dos gabinetes da capital; tanto do Executivo, na pessoa do próprio governador, quanto do Legislativo, na pessoa do deputado Volnei Webber.

A cláusula inesperada

Ocorre - e quase ninguém sabia disso - que existe uma, vamos dizer, “cláusula de barreira” introduzida algum tempo atrás no estatuto do MDB tubaronense, determinando que as convenções só habilitem, como candidatos aos cargos de prefeito e vice, filiados que já estiverem na sigla desde o mandato anterior ao da eleição em questão; ou um ou dois anos antes, minha fonte não tem muita certeza de qual o prazo exato. Mas existe a cláusula. Em tese, se alguém quiser ser candidato a prefeito pelo MDB nas eleições de 2028, tem que se filiar ao partido quatro, dois ou um ano antes, não sei bem.

Barriga de aluguel

Sou contra? Não, não sou. Essa cláusula evita os chamados candidatos “paraquedistas”, aqueles despreparados que surgem do nada e acabam arrastando o partido para o fracasso, e também evita que ele se transforme numa barriga de aluguel. Acho até que no caso do Deka essa leitura pode, e deve, ser bem diferente. Penso que ele tem um enorme capital político que o afasta totalmente da condição de paraquedista, e o MDB também se defenderia facilmente da acusação de barriga de aluguel, pois foi lá que o “político Deka May” nasceu. O então garotão André Fretta May começou sua carreira político-partidária sendo candidato a vereador pelo MDB das antigas. Depois migrou para as hostes progressistas, mas foi lá que começou. Só que existe a cláusula (não se sabe colocada por quem), e foi ela que travou o acordo. Mas o Deka não pode ser vice do Soratinho pelo União Brasil? Em tese pode, mas será que Florianópolis quer? Essa é a questão.
 

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