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MILTON ALVES

08/04/2025 06:00

O caso das creches

Recebi ontem à tarde a informação de que os antigos gestores da Fundação Municipal de Educação de Tubarão pretendiam exercer um direito de resposta por não concordarem com certas declarações feitas pela atual presidente, Marlise Nunes, numa entrevista concedida pela manhã a este colunista na Rádio Cidade, na qual tratamos, exclusivamente, sobre a ocupação de vagas por parte da prefeitura nas creches da Cidade Azul.

As credenciadas
O que fez Marlise Nunes vir a público esclarecer a situação foi o fato de que algumas mães criaram um movimento na internet acusando a Fundação de má gestão na distribuição das vagas e também de estar prejudicando centenas de crianças que teriam que migrar para as creches públicas, depois de passarem dois ou três anos nas credenciadas. Quanto a este último argumento, Marlize afirmou não entender o que se passa na cabeça das pessoas, pois nos dias atuais, com contratos assinados pela sua gestão, já temos mais de 1.600 crianças nas creches particulares.

Contratos imperfeitos
O problema são os casos considerados ilegais. De forma tranquila e, penso que transparente, a filha do saudoso professor José Santos Nunes esmiuçou alguns contratos comprometedores, que foram o que a fizeram estabelecer que todo o processo deveria ser revisado, a partir de um levantamento de tudo o que foi contratado desde que a municipalidade começou a adquirir vagas nas creches particulares de Tubarão, as chamadas credenciadas.

Sem citar nomes
Os contratos e os erros que continham foram apresentados a este colunista, mas com o compromisso de não revelar nomes das pessoas ou entidades envolvidas, até porque tudo está sendo encaminhado à procuradoria jurídica para que seja feita uma ampla análise do que foi feito ou deixado de fazer. Casos de vagas ocupadas além do contratado; cobrança em nota fiscal além daquilo que tinha direito; autorização precária para ingresso de alunos em algumas creches credenciadas; e por aí vai. Tudo documentado.

Pensem bem
Quem sou eu para dizer o que as pessoas devem fazer, mas caso alguns queiram mesmo vir a público contestar o que disse a atual presidente da Fundação, espero que pensem bem. Por enquanto seus nomes estão em sigilo e pode ser que a prefeitura decida nem levar os casos à frente. Se contentaria com a solução de um processo administrativo. Numa eventual publicidade do caso, com debates em rádio e outras coisas mais, só um lado tem a perder, e pelo que eu li, serão os atuais reclamantes.

Diário do Sul
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