O setor turístico catarinense, especialmente aqui na nossa região, já sofre com os efeitos das enchentes no Rio Grande do Sul. É preciso um olhar atento do governo catarinense para esse setor, que ainda se recupera dos prejuízos da pandemia.
Como exemplo, temos as estâncias termais da Guarda e Rio do Pouso, em Tubarão, as pousadas na Praia do Rosa, em Imbituba, e os hotéis em Termas do Gravatal. A imensa maioria dos turistas que movimentam estes locais são gaúchos.
São hotéis, pousadas, bares, restaurantes e comércios que já sofreram forte impacto em seus negócios com as restrições impostas pelo coronavírus e agora estão lidando com a ausência de clientes mais uma vez, com reservas sendo canceladas.
Uma das alternativas para minimizar os prejuízos é o governo do Estado, através da secretaria de Turismo, participar mais ativamente de feiras e na mídia, buscando atrair turistas do Paraná e do interior de São Paulo para o Sul catarinense.
Mas ainda mais urgente é o governo do Estado criar algum programa emergencial de incentivo ao turismo, a exemplo do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse), criado pelo governo federal na época da pandemia.
Outra medida, que deve ser colocada em prática nos próximos dias, é o trade aplicar bons descontos para atrair os moradores do próprio estado. Tudo é válido neste momento, numa tentativa de amenizar as perdas, que não são pequenas.
“O que não podemos é ficar esperando que a região tenha o mesmo movimento que antes das enchentes no Rio Grande do Sul”, lamentou o empresário Pedro Agostinelli em entrevista publicada nesta terça-feira no jornal Diário do Sul.
“Estamos solidários com a situação no Rio Grande do Sul, mas precisamos nos precaver com a economia local. São gastos com funcionários, manutenção. É uma situação delicada e que merece a atenção da sociedade e dos políticos”, afirmou.