Uma história tem se repetido a cada eleição, nesta época de redes sociais: tentando se promover politicamente, ou para defender seus interesses políticos, alguns postam o que querem, atacando quem quer que seja, sem nenhum compromisso com a verdade.
Quando isso é feito por um cidadão sem instrução, os haters sem-noção que povoam esse mundo louco das redes sociais, há que se desconsiderar. Mas quando um profissional do meio jornalístico ofende alguém da classe, colegas, por questão de mercado, além de antiético parece inveja.
Veja-se a foto do rapaz com megafone, que ilustra esta coluna. É Reginaldo Osnildo, anunciando nas redes sociais um debate a candidatos a prefeito pela Rádio Cidade. Algum tempo atrás ele próprio foi matéria no Diário do Sul, quando defendeu sua tese em Ciências da Linguagem.
Ele postou um vídeo esta semana em que critica o Diário do Sul, o Sul Agora e o Extra.SC pelo debate dos candidatos a prefeito de Tubarão que estes três veículos realizaram. O debate foi elogiado pelo profissionalismo, gerou enorme repercussão e, pelo que se vê, muita inveja.
Não bastasse o fato da profunda ingratidão ao criticar veículos que sempre deram espaço para ele, como se vê na foto à esquerda, o famoso “cuspir no prato que se comeu”, não foi correto ao emitir uma opinião sem buscar ouvir o outro lado, um princípio básico do jornalismo.
Muito pior que inveja e ingratidão, Osnildo ultrapassou a linha da liberdade de expressão ao acusar os veículos de parciais, por conta dos anúncios vendidos. A Rádio Cidade terá sido, então, parcial, uma vez que promoveu debate em Capivari de Baixo com patrocínio da Fucap?
O dono da Fucap, Expedito Michels, é candidato, participou do debate e a Fucap patrocinou a transmissão da Rádio Cidade. Pode-se dizer que a emissora foi parcial na condução do debate? O fato do funcionário da rádio achar que essa seja uma prática comum no meio é algo que fica no ar.