Ontem, Dia Nacional da Consciência Negra, celebramos a luta, a resistência e as contribuições da população negra na construção do Brasil, além de refletirmos sobre a necessidade de combater o racismo estrutural. A data, 20 de novembro, homenageia Zumbi dos Palmares, um líder de resistência contra a escravidão, e busca conscientizar a sociedade sobre as desigualdades e valorizar a cultura afro-brasileira. Os pontos centrais a serem celebrados e refletidos são: Resistência e luta: Honrar a resistência à escravidão, simbolizada por Zumbi dos Palmares, um líder que se tornou ícone de luta e liberdade. Ele representa até hoje a luta e a consciência negra, sim.
Dandara dos Palmares
Zumbi dos Palmares foi seu marido e com ele teve três filhos: Aristogíton, Harmódio e Motumbo. Não se sabe se Dandara nasceu no Brasil ou no continente africano, mas teria se juntado ainda menina ao grupo que desafiou o sistema colonial escravista por quase um século. Conta a história que Dandara participava também da elaboração das estratégias de resistência do quilombo e, por não concordar com o acordo político proposto pelos colonizadores portugueses, foi presa e cometeu suicídio, jogando-se do alto de uma pedreira para não retornar à escravidão. Quanto sofrimento, não?
Beata Nhá Chica
Entre os grupos que cultuam Zumbi e Dandara dos Palmares, temos o Nhá Chica, nome de batismo de Francisca de Paula de Jesus (1810-1895), uma mulher negra que viveu no sul de Minas Gerais e é considerada a primeira beata negra, leiga e filha de escrava do Brasil. Ela ficou conhecida por sua vida de caridade, oração e sabedoria, sendo considerada uma “santa” popular e “a Mãe dos Pobres”. Sua fama de santidade a levou à beatificação pela Igreja Católica em 2013. Normalmente esses grupos se reúnem e promovem concursos para a escolha da mais bela Nhá Chica. No último domingo, o grupo de Capivari de Baixo promoveu o evento e Dandara dos Santos, de Siderópolis, conquistou a maior torcida. Alguma dúvida?