Os casarões antigos ajudam a contar e enriquecer a história de Laguna. Preservá-los deveria ser uma prioridade dos gestores, especialmente quando esses imóveis pertencem ao próprio município. No entanto, essa não é a realidade. Ontem, uma vistoria no prédio do antigo gabinete municipal revelou um local abandonado e cheio de lixo - inclusive restos do que um dia foram peças de escritório. Assim como esse, há outros imóveis públicos, todos localizados em áreas nobres. Um exemplo é o Memorial Tordesilhas, fechado desde 2018 após um curto-circuito. A cada ano que passa, encontra-se ainda mais deteriorado.
Descaso com bem público
A situação de abandono chama atenção não apenas porque esses imóveis representam a própria história da cidade - o que, por si só, já justificaria sua conservação. Além disso, a prefeitura funciona atualmente em diversas salas alugadas. Em vez de conservar e administrar o patrimônio que já possui, gestões anteriores optaram por abandoná-lo.
Quem faria isso?
É como se alguém abandonasse a própria casa para não ter que consertar uma infiltração, trocar telhas quebradas ou fazer uma reforma elétrica - e, em vez disso, optasse por viver de aluguel. Alguém que lutou para construir seu imóvel deixaria tudo para trás assim, tão facilmente? Os valores gastos com aluguéis, se fossem direcionados à manutenção preventiva e corretiva desses prédios, certamente permitiriam abrigar as repartições públicas nesses próprios imóveis e preservar o patrimônio.
Chapa única
O prazo para inscrições de chapas para a eleição da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) se encerrou com chapa única, liderada pelo industrial Gilberto Seleme, de Caçador, atual 1º vice-presidente da instituição. O 1º vice-presidente será o empresário André Odebrecht, de Rio do Sul. A eleição vai ocorrer no dia 27 de junho e a posse no mês de agosto. Seleme vai suceder a Mario Cezar de Aguiar, que está à frente da Fiesc desde 2018.