Uma multidão saiu às ruas atrás dos trios elétricos do Bloco da Pracinha, em Laguna. A festa de rua, tradicional na cidade, marcou mais uma vez o Carnaval na região. O primeiro trio partiu às 15h, na praça Souza França, no Magalhães, com a banda PH7 arrastando os foliões com sucessos do axé, funk e outros.
Uma hora depois, a banda Juízo, no segundo trio, embalou o público para o Mar Grosso. Foram seis quilômetros de alegria. Eram 22h quando os trios elétricos fecharam a noite. Mais de 100 mil pessoas nas avenidas no Mar Grosso e Magalhães se fizeram presentes, de acordo com dados da prefeitura de Laguna.
A festa encerrou na praça do Villa, no Mar Grosso, com show gratuito da banda Prakatá. E para curtir a festa, as fantasias foram as mais originais possíveis. Teve de tudo. Os indignados, os apaixonados, os interessados em um novo amor, e também os homens vestidos com itens femininos.
Com água e cerveja num carrinho de picolé adaptado, os amigos cariocas Luan Moura e André Francisco
saíram pela quinta vez no Bloco da Pracinha. “Aqui em Santa Catarina é mais tranquilo”, comentam. Os foliões optaram por fantasias menos volumosas, devido ao calor.
O Bloco da Pracinha também reuniu famílias que esperaram o trio passar, como foi o caso da família Lima. Eles vieram de Tubarão e acompanharam a festa. Na cidade, a folia encerrou ontem, com o bloco Acorda Laguna.
Tradição desde 1978
O Bloco da Pracinha surgiu em 1978 com um grupo de amigos que se reuniu na praça Sousa França, no Magalhães, para estender a alegria após o baile promovido pelo clube 3 de Maio, no mesmo bairro. Inicialmente, a ideia era seguir da praça até a Fonte da Carioca. Com o tempo, o trajeto foi modificado para ir até o Mar Grosso, ao mesmo tempo em que o número de foliões que acompanhava o bloco também cresceu.
