Entre 2020 e 2024, as mortes no trânsito catarinense aumentaram 11,6%, passando de 1.356 para 1.513
Durante a campanha Maio Amarelo, voltada à conscientização e redução da violência viária, a Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina (SES) chama a atenção para o crescimento da letalidade no trânsito, com destaque para o perfil das vítimas: homens jovens, principalmente motociclistas, que representam o grupo mais afetado.
Entre 2020 e 2024, as mortes no trânsito catarinense aumentaram 11,6%, passando de 1.356 para 1.513. No mesmo período, as internações hospitalares por sinistros subiram 31,6%. O dado mais alarmante recai sobre os motociclistas, que concentraram 35% das mortes em 2024, um total de 534 vítimas fatais.
Segundo levantamento da SES, 88% das mortes de motociclistas envolveram homens entre 18 e 35 anos, faixa etária associada a deslocamentos frequentes por trabalho ou lazer. Apesar de uma leve queda de 1,8% nas internações relacionadas a esse grupo, o número de óbitos cresceu 23,6%, revelando a gravidade dos acidentes, muitos dos quais com vítimas que não chegam vivas aos hospitais.
Principais causas
Fatores como excesso de velocidade, imprudência e a baixa proteção física dos condutores estão entre as principais causas. “Eles têm vidas inteiras pela frente. O Maio Amarelo é mais do que uma campanha, é um chamado à consciência coletiva. Reduzir velocidade, usar equipamentos de segurança e respeitar as leis salvam vidas”, reforça Adriana Elias, da Diretoria de Vigilância Epidemiológica da SES.
Além das mortes, os custos com internações de motociclistas ultrapassaram R$ 10,9 milhões em 2024, com impacto também em afastamentos, invalidez e produtividade, sobrecarregando o sistema de saúde e a sociedade como um todo.
