Jovem financia estudos com trabalho no semáforo de TB
A rotina de Wesley Teixeira, 22 anos, mudou completamente desde que deixou o Rio Grande do Sul para viver em Laguna. Todos os dias, ele segue até Tubarão, onde encontrou nas esquinas e nos semáforos uma forma de sustentar seus planos e apoiar a própria família.
Wesley vende paçocas no trânsito, atividade que se tornou sua principal fonte de renda. O dinheiro arrecadado é direcionado para o pagamento da graduação em Nutrição e para contribuir com as despesas da casa.
Antes de comercializar o doce de amendoim, ele chegou a trabalhar com balas de goma, experiência que o ajudou a entender a dinâmica das ruas e a se adaptar ao que o mercado informal exige.
Hoje, oferece kits com sete unidades por R$ 10 e costuma vender entre 18 e 20 pacotes por dia. O resultado diário garante estabilidade suficiente para levar adiante o sonho do diploma, ao mesmo tempo em que ajuda os pais. Seu pai trabalha no hospital da cidade e a mãe trabalha como faxineira.
Mesmo com o retorno financeiro, o jovem ainda enfrenta preconceito nas ruas. Para evitar julgamentos, costuma usar uma placa explicando o propósito das vendas e aproxima motoristas e pedestres de sua história.