Médico alerta para a importância dos cuidados e do uso contínuo do produto
No passado, o uso da famosa “bombinha”, comum entre pessoas com asma, era cercado de preconceito. O desconhecimento sobre a doença fazia com que a medicação fosse vista com desconfiança — até mesmo como um estigma. Hoje, com mais informação e campanhas de conscientização, esse cenário vem mudando.
Neste mês, uma campanha com o tema “Tornar os tratamentos inalatórios acessíveis para todos” tem reforçado a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado da asma. A iniciativa também busca combater mitos e ampliar o acesso da população às terapias mais eficazes.
“Uma das mensagens principais da campanha é destacar a importância do uso contínuo e preventivo da medicação inalatória. Esse tipo de tratamento é fundamental para o controle eficaz da asma, ajudando a melhorar a saúde dos pacientes, reduzir internações e atendimentos de emergência, além de proporcionar mais qualidade de vida”, explica o alergologista Gil Bardini, de Tubarão.
Outro objetivo da ação é sensibilizar autoridades públicas sobre a necessidade de oferecer diagnóstico e tratamento adequados pelo sistema de saúde, garantindo o acesso à medicação para todos os pacientes.
Eficácia
O tratamento com medicação inalatória é considerado o principal recurso para controlar a asma, conforme orientações de diretrizes médicas nacionais e internacionais. Esses medicamentos agem diretamente nas vias respiratórias, reduzindo a inflamação e promovendo o relaxamento dos músculos dos brônquios — o que proporciona alívio imediato dos sintomas e controle da doença a longo prazo.
“Vale destacar que os medicamentos inalatórios são aplicados diretamente no local afetado — a via respiratória —, o que reduz a quantidade que circula no sangue e, com isso, diminui os efeitos colaterais”, explica Bardini.
A conscientização e o acesso à medicação adequada são passos fundamentais para garantir que pessoas com asma tenham uma vida mais saudável, ativa e sem limitações.
Preconceito que pode matar
Quando não tratada adequadamente, a asma pode prejudicar a qualidade de vida, reduzir a produtividade e, nos casos mais graves, levar à internação ou até à morte. “O preconceito ainda é um dos grandes obstáculos no combate à asma. Muitos pacientes, seus familiares e até profissionais de saúde têm dúvidas sobre a eficácia do tratamento. Existe a falsa crença de que o uso da bombinha causa dependência ou enfraquece os pulmões, o que não é verdade e pode levar a sérias consequências”, ressalta o médico Gil Bardini.